“Cada um pensa em mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo”, Leon Tolstoi (1828-1910).
Dom natural do homem, a reflexão assiste a todos como propriedade introspectiva inata, que independe de classe social, origem, crença ou condição de maior ou menor situação econômica financeira. É, portanto, do homem propriedade exclusiva, única e que evolui na perspectiva etária e intelectual crescente de cada um.
Em consequência, a capacidade reflexiva conduz a momentos diversos e, dentre eles, às tristezas e alegrias, para não se estender a outros estados de espírito que permeiam o cotidiano humano, por conta do simples ato de viver e participar da vida social.
Ao início de cada ano – numa ótica individual – é salutar refletir sobre o período anterior, avaliando-se os projetos de vida, os objetivos estabelecidos e, como resultante, as metas alcançadas ou não, o que ensejará para o novo ano outras perspectivas, realinhamento de proposições para um futuro diferenciado e com novos desafios.
Sendo parte de um contexto coletivo, não há como o indivíduo alhear-se do ambiente social em que se situa e, aí, suas reflexões se estendem num processo crítico em que decompõe, para análise, as variadas atividades/situações ocorridas e, posteriormente, recompostas na síntese de suas reflexões com seus altos e baixos, suas tristezas e alegrias.
Se o Brasil caminha em busca do seu desenvolvimento, a situar-se globalmente como nação participante do clube das grandes economias/potências mundiais, num plano reflexivo e cingido a apenas aos aspectos de tristezas e alegrias, o ano que se encerrou trouxe, no entanto, marcas indeléveis negativas para os propósitos nacionais da qualidade de vida pela Educação, Saúde e o desejável progresso em vários setores sociais, em face os malfeitos antevistos no exercício de 2014, que recaem sobre sua imagem no âmbito mundial.
Numa lousa ou quadro de giz apaga-se e refaz-se facilmente o cálculo errado ou a escrita que não segue as regras gramaticais; no quadro geral da vida de um país as condutas impróprias se transformam em mancha que permanece como nódoa onde somente o tempo, como o senhor da razão, irá extirpar na medida das providências saneadoras adotadas para cada caso.
Tristezas e alegrias compuseram um cenário que o tempo registrou e cada um, em suas reflexões – como parcela construtora da sociedade brasileira – poderá avaliar seus significados e, certamente, tirando dele exemplos e lições para si e, por extensão, para todos na construção de um viver mais harmônico e equilibrado, a partir de 2015.