Trinta por cento das mulheres vão apresentar infecção urinária ao menos uma vez na vida

Trinta por cento das mulheres vão apresentar infecção urinária ao menos uma vez na vida
Trinta por cento das mulheres vão apresentar infecção urinária ao menos uma vez na vida. Foto: Freepik

Se você nunca teve, provavelmente conhece alguém que já passou por isso: vontade constante de fazer xixi, dor ao ir ao banheiro e dificuldade para urinar, com apenas algumas gotinhas saindo de cada vez. As infecções do trato urinário são um problema extremamente comum, que pode afetar mulheres e homens, bebês e idosos, sem hora para ocorrer. São tão frequentes porque, em sua origem, costumam estar bactérias que já existem no nosso corpo: até 80% dos casos estão relacionados à Escherichia coli, que vive no intestino. A boa notícia: a ciência vem consolidando técnica eficiente para prevenir e tratar o tormento, que, se não for cuidado direito, traz graves consequências.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30% das mulheres vão apresentar infecção urinária leve ou grave pelo menos uma vez na vida, mas a questão não para por aí. A mulher tem 50 vezes mais chances do que o homem de desenvolver a doença por uma questão simplesmente anatômica.
“A uretra da mulher é muito mais curta do que a do homem, além de ser mais próxima do ânus, o que facilita que bactérias cheguem ao aparelho urinário, no entanto, a doença também acomete os homens”, afirma o urologista Jailton Campos.

O urologista faz ainda um alerta para a importância do diagnóstico precoce e destaca que a infecção do trato urinário (ITU) e do aparelho reprodutor masculino pode acometer uma ou mais estruturas do sistema urinário, como os rins (pielonefrite), bexiga (cistite) e uretra (uretrite). No homem, pode acometer ainda a próstata (prostatite), testículos (orquites) e epidídimos (epididimites).
“Lembramos que os idosos têm um risco maior de desenvolver infecção urinária, em função de problemas neurológicos e anatômicos que interferem na dinâmica do esvaziamento vesical, como por exemplo o aumento da próstata, no homem, e o prolapso da bexiga, na mulher. Essas alterações podem resultar em um significativo resíduo pós miccional e proliferação bacteriana, quando a urina for contaminada”, explicou o urologista.

No entanto, para evitar complicações sérias, basta começar o tratamento o mais cedo possível. Caso contrário, há risco da infecção avançar pelo organismo, podendo causar várias outras complicações à saúde e pode inclusive ocasionar morte. “Comumente as infecções urinárias acometem a bexiga e a uretra. Se as bactérias atingirem os rins, a infecção chama-se pielonefrite e é mais grave. Os sintomas comuns são febre, calafrios e dores na região lombar. O que poderia ser tratado rapidamente, torna-se uma doença pior”. Além de iniciar a terapia com antibiótico, outras práticas contribuem para prevenir a piora ou uma nova infecção. Manter hidratação adequada, higienizar a região genital diariamente, urinar após as relações sexuais, evitar períodos prolongados sem ir ao banheiro e não utilizar roupas úmidas, são algumas das recomendações”, acrescenta o especialista.

É importante ressaltar que, dependendo da estrutura do trato urinário que for afetada, a infecção possui nomes diferentes. “A uretrite, ataca diretamente a uretra, enquanto a cistite acomete a bexiga. A pielonefrite indica que a infecção já atingiu os rins e representa um caso mais grave. De qualquer modo, recomendamos sempre a consulta com um urologista no caso do surgimento de algum dos sintomas.”, conclui o urologista Jailton Campos.

Fonte: Bahia.ba

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