Três bênçãos

“Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força.” (Efésios 1.18-19)

Paulo aponta três coisas que os cristãos de Éfeso precisavam conhecer, compreender. O que Cristo fez lhes garantia as três. Mas se não compreendessem isso, não poderiam ver a si mesmos e à vida da maneira que precisavam ver. Compreender o significado dessas três bençãos lhes abriria novas perspectivas, uma nova cosmovisão. Na verdade, mudaria tudo! O que Cristo fez lhes dava uma esperança que ninguém, nenhum acontecimento poderia invalidar. Por causa do que Cristo fez eles, em última análise, jamais chegariam a um beco sem saída. Pois nem a morte poderia destruir a esperança de vida em Cristo. Por isso, como Paulo mesmo escreveu em Romanos, eram mais que vencedores. O Cristo fez nos dá esperança eterna. Nada pode mudar isso!

Precisavam entender isso e precisavam ver a si mesmos como herdeiros de algo cujo valor não poderia ser comparado a coisa alguma daqui. Paulo declara aos cristãos em Corinto que “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, o que Deus tem preparado para aqueles que o amam”(1 Co 2.9). Jesus disse: “vou preparar um lugar para vocês na casa de meu Pai” (Jo 14.2). São exemplos das riquezas da gloriosa herança que temos em Cristo. Não se trata de ouro ou prata, mas de algo superior, de vida, comunhão e intimidade com o próprio Deus. Se você entregou-se a Cristo, é herdeiro de algo sem comparação. Tudo mais é passageiro. Nada poderemos levar daqui e isso não é perda alguma, pois nada daqui é insubstituível. Em Cristo temos a certeza de que algo grandioso e indizível nos espera.

Eles precisam lembrar-se que viver a vida não mais seria algo para se fazer apenas contando apenas consigo mesmos, com as próprias forças. Porque em Cristo um poder incomparavelmente grande está à nossa disposição. Não para fazer o que queremos, mas para fazer o que Deus quer, o que é muito melhor para nós. Podemos, ajudados por Deus, amar mais, perdoar mais, perseverar mais, abandonar o mal, esquecer a ofensa e tudo mais que seja necessário para experimentarmos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Rm 12.2). Paulo orou por eles porque precisavam apropriarem-se dessa três bençãos. Nós também precisamos. Oremos por isso. Precisamos ter clareza da grandeza do que Cristo fez por nós! E assim vivermos mais livres dos enganos que nos roubam a paz.

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