Além dos nossos sentidos há um outro, mas não estou falando de coisas espirituais, eu estou falando em sentimentos vividos em um instante em que não há diferença entre coisas materiais e espirituais. Estou falando da angústia que se apoderou das pessoas que sentiram o tremor de terra no reconcavo baiano.
Os abalos principalmente na cidade de Amargosa atingiram 4,6 na escala Richter considerados pequenos. A ciência avança em estágios, mas avança, e vemos os resultados disso por toda a parte. Os tremores são difíceis de prever. Quando acontecem, em questão de segundos deixam um rastro de destruição, derivando prejuízos financeiros e vítimas humanas quando muito fortes.
Anualmente ocorrem cerca de 300 mil tremores em todo planeta e muitos deles não são percebidos. Esse fenômeno ocorre em diferentes intensidades e intervalos de tempo acontece, quase sempre, sem aviso prévio. Primeiro, surge um barulho abafado, como o de um trem se movimentando debaixo da terra. Depois, o chão começa a sacudir. Na maioria das vezes, a turbulência dura poucos segundos e causa, no máximo, um susto e angústia.
Um terremoto destrói, em apenas um segundo, a mais arraigada de nossas convicções, a de que caminhamos sobre terreno sólido,isso gera um sentimento de insegurança que só pode ser entendido plenamente por quem passou por essa experiência.
Naufragamos a todo instante no mar bobo do imponderável com os fenômenos da natureza.
*João é natural de Salvador, onde reside. Engenheiro civil e de segurança do trabalho, é perito da Justiça do Trabalho e Federal. Neste espaço, nos apresenta o mundo sob sua ótica. Acompanhe no site www.osollo.com.br.