Quando fizemos este passeio, por esta região deserta do planeta, com a história dos presos do fim do mundo, pensei que a solidão, que senti, com paisagens belas, guarda seu aspecto fecundo, a contemplação solitária. Assim como o polo negativo atrai o positivo, esses estados difíceis, que tendem a nos colocar em retração, acabam atraindo forças de movimento e expansão, é necessário haver um distanciamento dos estímulos, para criar algo novo.
O vento gelado batia no meu rosto, com o céu refletindo as cores tal qual uma melodia que jamais poderá ser reproduzida outra vez. Enquanto escutava no canal 3 (português) a história do presídio, e dos presos, tudo que vi parecia brilhar no céu azul que despontava na floresta, tudo envolvido pelo frio, e quando respirava, as narinas congelavam e a pele parecia absorver paulatinamente a friagem.
Uma neblina fria tapava o horizonte, aproxima- o. quase ao alcance da mão, a floresta visível estava reduzida a um lado. Com esta viagem encontrei outras verdades, além daquela que sempre tenho no dia a dia.