Transparência Internacional diz que sentença de Moro mostra força da Justiça Brasileira

Transparência Internacional diz que sentença de Moro mostra força da Justiça Brasileira
Foto: Rodolfo Buhrer/Fotoarena/Estadão Conteúdo

O presidente da Transparência Internacional, José Carlos Ugaz, considerou que a condenação do ex-presidente Lula pela Lava Jato “é um sinal significativo de que o estado de direito está trabalhando no Brasil e que não há impunidade, mesmo para os poderosos”. Ele citou ainda as investigações sobre o presidente, Michel Temer, e o senador Aécio Neves (PSDB).

A Transparência Internacional é uma ONG considerada referência mundial na análise da corrupção.

A nota foi divulgada nesta quarta-feira (12) após a sentença do juiz Sérgio Moro, que é responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.

Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A acusação é pela ocultação da propriedade de uma cobertura triplex em Guarujá, no litoral paulista, recebida como propina da empreiteira OAS, em troca de favores na Petrobras.

“O escândalo Lava Jato tocou políticos de todas as partes e empresários mais poderosos do Brasil. Não é surpreendente que os investigadores e juízes da Lava Jato estejam agora enfrentando ataques de todos os lados. Esta é a prova de que a corrupção não distingue entre ideologias ou partidos políticos. A Transparência Internacional exige garantias de que as investigações possam prosseguir e que todos os processos judiciais permaneçam independentes e livres de interferências de qualquer partido político”, declarou Ugaz.

Outros dois réus no mesmo processo também foram condenados, e quatro, absolvidos.  Centro de análise anticorrupção no Brasil
Em junho do ano passado, José Ugaz visitou o Paraná e afirmou que a organização pretendia instalar um centro de análise anticorrupção no Brasil. Por trás da decisão, ele declarou que estava a Operação Lava Jato.

Nesta quinta (13), um representante no Brasil da organização disse que o centro de análise já foi instalado em São Paulo e no Rio de Janeiro e que atua em três eixos: um escritório administrativo e de coordenação de projetos, um Centro de Apoio e Incidência Anticorrupção para prestar assistência jurídica e proteção a vítimas e testemunhas de corrupção, e um Centro de Conhecimento Anticorrupção que está sendo incubado na na Fundação Getúlio Vargas.

 

 

 

 

 

 

 

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