A maior classe de humildes não são os trabalhadores urbanos, mas sim os rurais que só no governo de Getúlio Vargas foram valorizados. Estes coitados não dispõem sequer das garantias mínimas conquistadas pelos urbanos; são milhões disseminados por todos os cantos do país que não podiam até a Constituição de 1988, fazer greve, mas hoje é ainda difícil poderem levar até a portaria dos palácios governamentais o espetáculo de sua miséria e a pressão de seus reclamos.
A Constituição de 1988 garantiu a jornada de oito horas diárias e 44 horas semanais (antes eram 48 horas), o aviso-prévio proporcional, a licença-maternidade de 120 dias, a licença-paternidade e o direito de greve.
Hoje eles estão sendo engolidos pela tecnologia, pois quem dita as regras da orientação política, na era da 4ª Revolução Industrial e dos sistemas metaversos, é a globalização economia-financeira e com a falência do Estado os trabalhadores rurais apesar dos direitos adquiridos estão órfãos das filas de cadastramento, das distancias pois apesar da tecnologia encurtar distancias, elas são ampliadas para os analfabetos tecnológicos.
*João é natural de Salvador, onde reside. Engenheiro civil e de segurança do trabalho, é perito da Justiça do Trabalho e Federal. Neste espaço, nos apresenta o mundo sob sua ótica. Acompanhe semanalmente no site www.osollo.com.br.