17
Este é o nome que darei a meu próximo livro, que ficará pronto em dezembro, mas como sei que a nossa memória é curta vou dar um “spoller” do livro aqui, começa assim:
“Em 30 de dezembro de 2019, um dia antes do réveillon de 2020, estávamos ansiosos por mais uma celebração de um novo ano que estava por começar. Como em toda véspera dessa que é uma das maiores festividades em todo o mundo e feriado internacional, ao menos no Ocidente, nos organizávamos para entrar no ano com o pé direito. Alguns, à beira-mar, estavam devidamente paramentados para pular sete ondinhas, comer lentilha e romã, enquanto outros faziam os últimos preparativos para a ceia e muitos se aglimeravam nos saguões dos aeroportos para conseguir embarcar em seus voos que os levariam, finalmente, para o tão sonhado destino de descanso e férias. O mundo, aparentemente, seguia a sua rotina, afinal, era fim de ano, momento de confraternizar com famíliares e amigos, planejar novas atividades, desejar prosperidade financeira, saúde e amor.
Eis que o tão aguardado dia chegou sem nenhum sobressalto. Veio de mansinho como tantos outros 31 de dezembro, uma terça-feira naquela ocasião. E aí fomos nós esperançosos por dias melhores, mas ali, completamente desavisados, estávamos prestes a viver uma reviravolta de escala global, sem precedentes neste século.
Algumas semanas depois daquela data festiva, seriamos confrontados com alguns fatos que alterariam por meses e até anos todo o nosso cotidiano e a forma de nos relacionamos em sociedade. Dali a alguns dias seriamos obrigados a ficar em casa e manter distanciamento social, inclusive, das pessoas mais próximas em nossas vidas, como nossos pais, avós, maridos , esposas, irmãos etc.
Nas todas as crônicas serão sobre as consequências de tantas mortes, tantas falências, tanta exclusão no ensino e como o mundo ficou mais desigual, com a existência de mais bilionários e mais fome.
João Misael Tavares Lantyer