No início do mês de julho o TG 06-025 realizou visita à aldeia Parque do Trevo, o evento foi planejado pela CTL de Itamaraju, TG e liderança indígena local.
O objetivo foi apresentar aos Atiradores a cultura e modo de vida dos indígenas Pataxós. A aldeia recebeu os jovens com reza para Tupã, dança, pintura, presentes e um delicioso café regional.
O 1º sargento Jermesson, Cmt do Tiro de Guerra, enfatizou que, no processo de formação como cidadão dos Atiradores é fundamental que os mesmos conheçam, in loco, os indígenas pertencentes a sua região, bem como sua história, cultura e cosmologia, pois ledo engano pensar que todos os indígenas são iguais; a partir daí o respeito será uma consequência. E por tratar-se dos Pataxós, requer-se uma atenção especial, visto que foram seus ascendentes que tiveram os primeiros contatos com os colonizadores portugueses, por ocasião da chegada deles em nosso País. Minha respeitável continência para esse povo.
O cacique Antônio, juntamente com a liderança da aldeia, sentiu-se lisongeado e avaliou a visita como positiva para ambos os lados, visto que essa foi a primeira vez que os Atiradores visitaram a comunidade. “Agora estamos nos sentindo mais brasileiros”, disse o cacique.
Alguns indígenas questionaram ao Cmt do TG se eles são proibidos de servir no Exército Brasileiro por serem índios, o sargento Jermesson esclareceu que o serviço militar obrigatório, em regra, tem um teor de obrigação, mas também há um sentido de direito, pois todo cidadão tem o direito de defender sua pátria. Informou que não há proibição constitucional quanto à prestação do serviço militar inicial pelo fato de o jovem ser indígena.
Já está programada uma visita dos indígenas ao Tiro de Guerra 06-025, cuja finalidade é apresentar o dia a dia do Atirador, através das instruções bélicas, atividade física, e atributos da área afetiva desenvolvidos, como liderança, coragem, determinação, responsabilidade e proatividade.