Empresários montam empresas de fachada para que seus contratadores possam empregar trabalhadores em suas empresas. Existem também as cooperativas de fachada, criadas para burlar impostos. Dessa forma, o empresário se livra dos direitos trabalhistas, que também nunca serão pagos pelo contratador, que muitas vezes é tão pobre quanto o empregado.
Assim, o empresário aumenta sua margem de lucro, que, em nosso país, é mais sagrada do que todos os santos e orixás. A maior dificuldade para o trabalhador, como constatei nas inúmeras perícias que fiz, é o fardo incessante de fazer sempre algo a mais, assumindo responsabilidades que não existiam quando o trabalhador era funcionário efetivo da empresa. Esta é a ordem natural e inquestionável da relação de empregos terceirizados.
O medo do desemprego se mistura com a exploração da mão de obra. Cada trabalhador terceirizado tem sua própria história de exploração.