Esplanada dos Ministérios
Apesar da decisão do presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de suspender a votação do impeachment na Casa, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) continua a organizar seu eventual governo caso realmente assuma na próxima quarta-feira (11). De acordo com a Folha de S. Paulo, Temer se reuniu com sua equipe nesta segunda (9) e montou uma proposta de reduzir de 32 para 22 o número de ministérios. As mudanças são a fusão das pastas das Comunicações com Ciência e Tecnologia, e do Desenvolvimento Agrário com Desenvolvimento Agrário. O Ministério do Trabalho e Previdência deverá cuidar apenas das questões trabalhistas, enquanto as questões previdenciárias passarão a ser responsabilidade do Ministério da Fazenda, que cuidará da reforma na área. Temer deve, ainda, fundir as secretarias de Portos e Aviação Civil no Ministério dos Transportes, e incorporar o Ministério da Cultura ao da Educação. Além disso, os ministérios dos Direitos Humanos, da Igualdade e da Mulher devem ser incorporados ao Ministério da Justiça. Por fim, a Advocacia-Geral da União (AGU), Banco Central, Secretaria de Comunicação Social e a Chefia de Gabinete da Presidência da República perderiam o status de ministério. Assessores de Temer acreditam que esta configuração será definitiva e deve ser utilizada como base para a negociação com partidos aliados. Já são dadas como certas as nomeações de Eliseu Padilha (Casa Civil), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Henrique Meirelles (Fazenda).
Fonte: Folha de São Paulo
Foto:– ASCOM Senado