Teixeira será cenário de filme de Cléber Amorim

O jovem teixeirense Cleber Amorim mora em São Paulo – SP e tem no cinema o seu trabalho, lazer e ambição. Entrosando memórias, sentimentos e legado, ele tem dedicado seus dias a escrever o roteiro do longa-metragem “Por uma boa lembrança”, história que se passa na região extremo sul baiana, mais precisamente, em Teixeira de Freitas.

O filme começa com a cidade ainda sendo município de Alcobaça e Caravelas, num ambiente rural. Num arrombo inesperado a história mistura passado e presente em diálogos travados entre as personagens. A própria história do município serve de ano de fundo para a trama, a exemplo do de filmes de Woody Allen, Martin Scorsese em New York, Manhattan. A história se desenrola a partir de conflitos familiares e sentimentos controversos, num texto intenso e envolvente. Para entender melhor as motivações e ambições da obra e do autor, conversamos com Cléber Amorim, confira:

Teixeira será cenário de filme de Cléber Amorim

Quais vínculos você mantêm com Teixeira de Freitas e região?

“Meu vínculo é o amor pela minha terra. Tenho orgulho de ser baiano. Meus familiares e amigos vivem em Teixeira. Lembro que quando ainda morava na cidade e estava começando a escrever, aliás, desde que comecei a escrever, sempre pensei que minhas histórias poderiam se passar em alguma rua ou avenida da cidade. Os anos se passaram e a vontade de gravar e projetar a terra em que nasci continua”.

Quando decidiu sair da cidade? Por quê?

“Decidi sair da cidade assim que tive condições de estudar fora, isto porque queria estudar cinema e tive que sair da região. Fui tentar estudar em Salvador em 2006, mas o curso não formou turma e, então, fui pra fora do país. Quando voltei fui estudar cinema digital em Recife, agora estou em São Paulo”.

Em que momento o cinema passou a fazer parte de sua vida?

“Na verdade minha vida toda. Lembro-me de ter assistido ao filme “Lampião” com Chico Xavier. Tinha uma cena em que ele cortava a orelha de um cangaceiro, se não me engano, então pensei: como esses caras conseguem fazer isso? Outro filme, foi o Exterminador do Futuro 2, fiquei impressionado com aqueles efeitos. Anos se passaram e comecei a jogar RPG, foi ali que comecei a criar histórias e personagens. A partir daí, para escrever roteiros foi só uma questão de aprender o formato”.

Quais obras já integram seu currículo?

“Escrevi roteiro pra um clipe chamado Tralha, fui diretor de fotografia de um curta chamado Redenção, fui também diretor de fotografia em um longa chamado “Apaixonado pela minha melhor amiga”, trabalhei em outros dois longas com fotografia e equipe de arte, e também trabalhei em curtas e clipes em outras funções. Atualmente, estou na fase final de gravações de meu primeiro longa metragem como diretor, inclusive com roteiro escrito por mim. O filme se chama INDEFINIDO”.

Qual a sua maior ambição?

“Quero poder tirar meus roteiros do papel, quero que as pessoas conheçam o que eu tenho pra dizer através de meus filmes. Atualmente estou concluindo 3 roteiros de longas metragens e um projeto de série que estou negociando com a TV fechada. Minha ambição nos próximos anos e tirar esses roteiros da gaveta e gravá-los, se possível. E, será uma grande alegria, produzi-los em minha região”.

Sobre o filme “Por uma boa lembrança”, você já planeja o modelo de edição para casar o passado e o presente?

“Essa passagem de tempo é algo que já venho pensando, e também faremos vários testes até lá. Eu pretendo fazer algo diferente do Indefinido já que em ambos os filmes trabalhamos muito com a relação passado e presente. Essa mudança temporal envolve muitas coisas, arte, temperatura de cor, mas estamos estudando várias possibilidades para essa passagem de tempo. Quando falo em nós, me refiro ao diretor de fotografia dos filmes, Julio, e eu”.

O roteiro é bastante intenso. Qual foi a inspiração?

“Na época que ainda estava na escola de cinema, certa noite acordei às 3 da manhã com a imagem de um menino com um violino e uma tango argentino na cabeça, não conseguia dormir só pensando nisso. Levantei liguei meu computador e escrevi 10 cenas. Gosto de escrever dramas familiares e personagens que passam por situações que eles não conseguem controlar, que é mais forte que eles. Mas a inspiração foi mesmo o tango e o menino tocando o violino”.

Você pretende utilizar nomes já consagrados no elenco? E o pessoal da terra, terá oportunidade?

“Sim, ando fazendo alguns contatos com nomes conhecidos que fizerem novela na globo, séries na TV fechada, mas só será possível com apoio e uma boa capitação de verba. Montamos um orçamento que permite com que façamos o filme trazendo nomes conhecidos. Mas o objetivo maior seria montar uma oficina de Produção, Fotografia, Direção, Roteiro e Edição, em parceria com a Prefeitura e empresas da cidade, para montar parte da equipe com pessoas da cidade. Outro fator é que precisaremos de figurantes e atores pra papéis menores que iremos selecionar também na cidade com grupos de teatro. Quando o filme estiver finalizado, pretendemos realizar uma premier na cidade para convidados, e depois lançaremos o filme no circuito de festivais”.

Das dificuldades, pergunto: você tem quem patrocine a obra?

“Ainda não, no momento estamos tentando apoio direto com empresas e Prefeituras da região. As empresas precisam entender o seguinte pensamento: A cidade está em plena ascensão, aeroporto [praticamente] pronto, universidade federal vindo para a cidade, shopping, etc e, tudo isso trará pessoas de todo o Brasil para nossa região. É a oportunidade de investir em um projeto no qual pessoas do país todo terão acesso a sua marca, inclusive com um modelo de divulgação a longo prazo, uma vez que, durante praticamente um ano ocorrerá a divulgação do andamento da produção e depois, com o filme pronto, teremos divulgação em redes sociais, festivais de cinema do Brasil e do exterior, e ainda, tentaremos TV e o circuito de cinema. É um tipo de divulgação das empresas que não se restringe apenas para a cidade e região, mas engloba o país inteiro”.

A quem deverá se dirigir aquele que deseja contribuir?

“Em Teixeira temos duas pessoas que estão nos ajudando, o Ramiro Guedes do Departamento Municipal de Cultura e a jornalista Michele Ribeiro que entrou no projeto como Produtora Executiva. Eles são o meio para quem deseja apoiar e chegar a mim aqui em São Paulo. Eles possuem meus contatos, basta solicitar a eles”.

 

Contatos e informações:

Cleber Amorim (11) 96469-9901 (TIM), (11) 99788-6035 (Vivo)

http://www.facebook.com/cleber.amorim3

Skyper : Cleber0102

Michele Ribeiro (73) 9994-5228

 

 

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