Teixeira de Freitas recebeu o 1º Encontro Municipal dos Parceiros na Luta contra a Sífilis

Teixeira de Freitas recebeu o 1º Encontro Municipal dos Parceiros na Luta contra a Sífilis
Fotos: Wesley Morau/OSollo

Na manhã do último dia 25, o plenário da Câmara de Vereadores de Teixeira de Freitas foi palco do 1º Encontro Municipal dos Parceiros na Luta contra a Sífilis. O evento é resultado de uma colaboração do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde/GraduaSUS) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) com a Secretaria Municipal de Saúde.

Teixeira de Freitas recebeu o 1º Encontro Municipal dos Parceiros na Luta contra a Sífilis
A docente Márcia Moraes, a enfermeira Beatriz Duarte e as docentes Márcia Nunes e Erika Maria Sampaio Rocha

O evento contou com as palestras de profissionais da área, como Rosidalva Barreto, Simone Paiva, a enfermeira Beatriz Duarte, Ramon Vasconcelos e Junia Garcia que expuseram em detalhes o número estatístico dos infectados, as causas da doença e a forma de prevenção do contágio da sífilis, cuja incidência tem preocupado os especialistas.

Na ocasião, foi apresentado um panorama do atual cenário da sífilis em Teixeira de Freitas, na Bahia e em todo território nacional. No caso específico de Teixeira de Freitas, a docente e coordenadora do Grupo PET-Medicina Márcia Moraes informou que “o município está a cada ano, aumentando a sua incidência de sífilis”, sendo ainda constatado o aumento da chamada “sífilis congênita que é aquela que acontece no recém-nascido, porque a mãe adquiriu sífilis durante a gravidez”, explicou a professora.

Embora o tratamento seja muito simples, o que inclui a injeção de Benzetacil, o problema muitas vezes acaba ressurgindo, uma vez que o parceiro não é também submetido ao tratamento, de modo que passa a transmitir novamente a sífilis à companheira. Por essa razão, “um dos nossos grandes problemas para a erradicação da sífilis em Teixeira de Freitas é a questão do não tratamento do parceiro, porque o homem não adere bem ao tratamento”, explicou a docente Márcia Moraes que frisou a importância desta conscientização como forma de combater a incidência da doença.

Teixeira de Freitas recebeu o 1º Encontro Municipal dos Parceiros na Luta contra a Sífilis

Por sua vez, o coordenador da Atenção Básica em Teixeira de Freitas, Rodrigo Lenine, que representou a Secretaria Municipal de Saúde durante o evento, destacou a importância deste encontro ocorrido em Teixeira de Freitas, uma vez que a cidade “é referência em todo o Extremo Sul, pois temos uma maternidade municipal que recebe gestantes [de outras localidades], nós temos todo um apoio logístico do Hospital Regional, que atende a todo o Extremo Sul, e temos a atenção primária de Teixeira de Freitas que também faz uma recepção destas pessoas que procuram por atendimento”. Portanto, devido a migração de pessoas vindas das cidades circunvizinhas ocorre “um índice alto de abordagem de sífilis”, sem contar os casos que são diagnosticados entre a própria população teixeirense.

Rodrigo Lenine ainda enfatizou a necessidade de trazer esse tema à tona, uma vez que “a sífilis é um problema adormecido”, no qual muitos acabam demorando o diagnóstico e consequentemente o tratamento; o que contribui para a transmissão da doença. Por este motivo, parabenizou todos os envolvidos na realização do 1º Encontro Municipal dos Parceiros na Luta contra a Sífilis que buscam promover a conscientização e a erradicação deste problema.

As 3 fases da Sífilis

A sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST), embora também possa ser transmitida por meio de transfusão de sangue, essa transmissão é rara devido aos rigorosos critérios para doação de sangue. A transmissão por meio de saliva é um mito, portanto a sífilis se caracteriza apenas como uma DST.

Explicou a docente Márcia Moraes, que a sífilis pode ser diagnosticada em 3 fases diferentes: “Na fase primária, o homem pode apresentar uma úlcera na região do pênis, facilitando a detecção da doença. Embora a mulher possa também apresentar este sintoma, raramente ocorre essa manifestação clínica, o que acaba por dificultar o diagnóstico. A fase secundária ocorre em alguns meses sem que haja o devido tratamento da doença, com o passar dos anos, o infectado apresentará a chamada sífilis terciária “que é um quadro grave, causando lesões no coração, nos órgãos do corpo, que são umas das sequelas da sífilis”, concluiu a professora.

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