Por Lúcio Andrade/ O Sollo
O bairro Colina Verde já conta com sua própria Feira Livre, sempre aos domingos pela manhã. Os feirantes do bairro, logo cedo expõem seus produtos, defendendo sempre “o melhor produto e o menor preço da praça”, dizem.
As feiras livres existem no Brasil desde o tempo da colônia. Apesar dos “tempos modernos” e dos contratempos que elas causam em grandes cidades, elas não desaparecem. Em muitos lugares no interior do país elas são o principal e, às vezes, o único local de comércio da população. Muitas vezes elas funcionam também como centros culturais e de lazer.
Os feirantes gritam apregoando a qualidade dos seus produtos e garantindo que o seu preço é o melhor da feira. A feirante Maria de Fátima Barbosa, tem um espaço na feira livre do bairro Colina Verde, e acredita que o bairro realmente carece de um lugar onde as pessoas possam circular livremente, escolher produtos fresquinhos e saudáveis, além da oportunidade de encontrar outros itens, que fazem parte de uma feira ao ar livre.
Maria de Fátima aproveitou a reportagem do jornal OSollo para reivindicar melhorias para o local. “Nós estamos precisando urgente, é de que a prefeitura municipal termine esse pedacinho de asfalto aqui prá gente, e que coloque por aqui, um banheiro químico prá nosso uso. É uma forma de valorizar nossa feira, e de nos dar mais dignidade para trabalharmos”, desabafou.
As pessoas circulam muito, examinam, pechincham ou simplesmente estão à procura do que desejam. Outras já tem suas barracas preferidas, conhecem o feirante de longa data e às vezes parecem mais amigos do que fregueses. Em muitas barracas nota-se que as pessoas que estão trabalhando são todas de uma mesma família.
No meio disto tudo ainda existem vendedores ambulantes, com tabuleiros montados em cima de caixotes ou simplesmente no chão, que aproveitam a feira para tentar vender diversos produtos. Meninos se oferecem para ajudar as pessoas a carregar as mercadorias. Em suma: uma “confusão” perfeitamente organizada onde tudo parece funcionar na hora e no lugar certo.
Para quem observa de fora a feira parece um teatro cheio de personagens, cada um com sua história. Um lugar com cheiros e sons que nos remetem ao nosso passado e, talvez, à nossa infância.