Uma corrida num circuito de rua, com chuva… Quem esperava uma prova previsível, errou. Ricardo Maurício e Rubens Barrichello apostaram alto, e ganharam. Muitos disseram que foi sorte, mas não considero assim. Eles assumiram um risco de permanecerem na prova com pneus de chuva mesmo com a pista secando e que poderia ter dado errado, não fosse o acidente de Julio Campos e depois o de Zonta. Ricardinho, que não vencia desde 2010, vinha fazendo uma temporada consistente, 3 podiuns nas 3 primeiras provas da temporada e já merecia voltar a vencer faz tempo. E Rubinho, de bem com a vida, foi no pelourinho, tocou no Olodum, fez tererê, mas na hora de trabalhar se concentrou muito nos treinos livres e deu uma bela volta na classificação. Se deixarem ele vai dar trabalho.
Corridaça também a de Thiago Camilo e Cacá Bueno. Fizeram a opção contrária a de Rubens e Maurício e trocaram para os pneus slick logo com doze voltas, na bandeira amarela do acidente do baiano Patrick Gonçalves. E era a melhor estratégia para os dois que largaram lá atrás. Thiago em 23º e Cacá em 20º. Após a troca eles voltaram em 21º e 24º e vieram atropelando (alias, literalmente, pois o carro do Cacá chegou faltando pedaços…). Quando a pista foi liberada, após o acidente de Júlio Campos, os dois viravam na casa de 1m15s enquanto os líderes, que estavam com pneus de chuva, estavam fazendo 1m18s. Não fosse o acidente de Ricardo Zonta o resultado poderia ter sido outro…
Falar de festa na Bahia é quase um pleonasmo, mas é isso que sempre vemos no GP de Salvador, e não é só para o público. Entre os pilotos, mecânicos, chefes de equipe e jornalistas é comum dar uma esticada na viagem. O trabalho acabou hoje, domingo, e agora eles vão aproveitar para curtir a nossa Bahia. Pena que esta é a única categoria que desembarca por aqui…