Penso que passar um tempo aí deve trazer paz, as pessoas, quando se sentem felizes, podem comer tomate, alfaces e até aipos. Os infelizes necessitam de proteínas e comem, vorazmente, feijão, arroz, batata fritas, farofa, carne e toucinho – tudo misturado.
A felicidade emagrece, mas para mim não dá, prefiro ser um infeliz, só aguentaria três dias, pois depois seria a imersão na rotina o que seria só sacrifício e tédio. A rua é uma espécie de fronteira, um portal para a vasta extensão da liberdade, e a vida é muito curta. Não sou rico para encher uma banheira com champanha e nem pobre para caçar gatos dos telhados para comer, ou alimentar de banana e café, mas só gostaria de solidão do SPA para meditação e reflexão, onde minha mente ficasse tão em branco quanto o Word a cada vez que eu o abria o que interessa no final é estar bem.
Se bem que – glória a Deus – sei mais silêncio que palavras, e o tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo, uma flor, um pássaro, uma dama, um castelo, um túmulo. Também se pode bordar nada com a meditação. Nada em cima de invisível é a mais sutil obra deste mundo, e acaso do outro. A imagem que construímos estão distantes de nossa identidades. Por identidade, que tem o adjetivo latino, idem, o mesmo, seguido do sufixo -dade, no sentido de atribuir uma qualidade. Identidade é assim, o caráter, a verdade de uma pessoa, traduzida por sua história, valores, e princípios, sua profissão e suas crenças., tendo tempo no SPA para meditar por um tempo sua essência sobressaíra apagando a personalidade.