Somos todos iguais

“Não dê atenção a todas as palavras que o povo diz, caso contrário, poderá ouvir o seu próprio servo falando mal de você; pois em seu coração você sabe que muitas vezes você mesmo também falou mal de outros.” (Eclesiastes 7.21-22)

Há algo muito comum entre nós, seres humanos: somos inclinados a cobrar de outros o que nós mesmos não seriamos capazes de cumprir. Podemos diferir em áreas de fraqueza, mas somos todos fracos. Podemos considerar justos os nossos motivos para ser como somos, mas todos nós, em algum momento, sob algum critério, somos condenáveis. Para nós cabem muito bem os ditados: “é o sujo falando do mal lavado” e “é o manco falando do aleijado”. Por isso entre a mulher flagrada em adultério e os “justos” religiosos judeus, “quem tiver sem pecado atire a primeira pedra” foi uma condição que desqualificou a todos.

Esta constatação não é um incentivo ao afrouxamento ético ou moral, mas um incentivo a termos uma postura mais tolerante diante das pessoas que nos ferem. Não se trata de um “laissez faire, laissez passer” moral (“deixai fazer, deixai passar”). A sociedade e as instituições devem honrar códigos e normas e as transgressões devem ser tratadas. As famílias precisam orientar-se por critérios e padrões que alimentem o melhor em seus membros. O texto está falando sobre relacionamento pessoal, sobre lidar com críticas, resistências e implicâncias.

“Olhe para si mesmo”, aconselha Salomão, “você mesmo já agiu indevidamente com o outro; então não se apresse em confrontar ou tirar satisfação. Fique tranquilo. Isso pode ser uma simples névoa gerada pela maldade natural que brota em algum momento em qualquer pessoa. Você não precisa lutar essa batalha.” Se formos atentos, perceberemos que Deus decide não ouvir muitas de nossas falas, para nosso bem. Se andarmos mais com Ele, aprenderemos a lidar melhor com o que andam falando de nós.

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