Sinais visíveis

“A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém.” (Gálatas 1.3-5)

Na visão do apóstolo, inspirado por Deus, aquilo que chamamos “salvação” envolve uma mudança de proporções gigantescas. Uma mudança tão grande que ele diz que somos resgatados da perversidade do nosso tempo. Perversidade é a capacidade de corromper a natureza, de promover um estilo de vida equivocado, que valoriza e busca as coisas erradas, que nos leva a viver errado. Ela produz tudo que é ruim: pobreza, solidão, dor, vazio, superficialidade e coisas semelhantes. A não ser que sejamos libertos pela morte de Cristo, viveremos vidas pervertidas, ainda que adequadas à sociedade.

Há várias possibilidade de vivermos de forma pervertida, mas a marca da perversão é a falta de comunhão com Deus e com o próximo. A comunhão com Deus é a experiência com Seu amor, uma amor na medida de nossa necessidade, que nos aceita como somos. Uma amor indispensável para nos livrar da perversão. Sem ele buscamos coisas para nos sentir vivos, dependemos de coisas para nos sentir valorizados. As coisas tendem a se tornar importantes demais para nós e nos avaliamos por critérios errados. Buscamos um sucesso que não é sucesso e gastamos nossa vida em vão. Nessas condições não conseguimos amar a Deus e nem ao nosso próximo.

É no amor o sinal de que estamos vivendo vidas resgatadas da “era perversa”. Amor a Deus e uns aos outros. Se resgatado da era perversa produz sinais visíveis, belos, inspiradores. Não é um resgate “espiritual” apenas, é existencial e se revela em nosso jeito de viver, em nosso tom de voz e vocabulário. Marca nossa agenda e o ambiente ao nosso redor. Se somos salvos, se fomos resgatados por Cristo da “era perversa”, devemos nos perguntar: onde estão os sinais de que essa coisa grandiosa e maravilhosa aconteceu? E então, correr para Deus. Ou para agradecer ou para suplicar.

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