Há algumas semanas, as sessões da Câmara de Vereadores de Eunápolis têm sido movimentadas, mas, a última, ontem (01/03), viralizou nas redes sociais e em diversos sites, com a Polícia Militar, acionada pelos edis, retirando a força um manifestante do plenário.
A confusão aconteceu, segundo membros do grupo Avança Eunápolis, porque os edis teriam impedido que representantes do movimento, que é devidamente registrado e possui CNPJ, falassem no plenário. No entanto, em dado momento, um vereador teria apontado o dedo para os manifestantes e afirmado que permitia que eles ficassem na sessão, mas, não iria tolerar gritos. Ocorre que os manifestantes relatam que mantiveram a ordem durante todo o tempo, apenas o Cristiano Gari, que protestou na sessão anterior, teria se excedido um pouco por ter tido negado seu pedido de falar na plenária. Insatisfeito com a reação do jovem, o presidente da Casa ordenou que a PM retirasse o manifestante da sessão.
Conforme informações de Lelian Carneiro dos Santos, integrante do grupo, tudo fora feito por eles de forma ordeira. Vestidos de preto “representando luto pela situação vergonhosa de Eunápolis”, empunharam cartazes pedindo o fim do descaso da Casa Legislativa, que estaria boicotando denúncias sérias contra o prefeito afastado Roberio Oliveira e não aprovando projetos em benefício da população. “O Avança Eunápolis é um manifesto contra a falta de critério em não investigar denuncias contra o prefeito afastado”, disse um dos integrantes.
Na sessão, estaria, também, um pequeno grupo em defesa de Roberio, o qual buscava o atrito com o grupo Avança Eunápolis. De acordo informações do Avança Eunápolis, um dos principais motivos de revolta da população presente à Câmara ontem foi a manutenção do veto a um projeto que levaria exames oftalmológicos e auditivos para crianças carentes que apresentam dificuldade de aprendizagem decorrente de problemas de “vista ou auditivo”. Dos 15 vereadores, nove optarem pelo veto ao projeto, por isso, os eunapolitanos afirmam que os edis estariam votando contra o povo, e na próxima sessão irão de novo “e o número de manifestantes irá dobrar, a voz do povo vai ter que prevalecer. É uma vergonha o que está acontecendo na Câmara de Vereadores de Eunápolis”, comentou a manifestante Lelian.
O site Rota 51 traz a informação de que o setor jurídico da Câmara de Eunápolis afirma que o projeto vetado sobre os exames para as crianças carentes, do vereador Arthur Dapé, é muito bom, mas foi vetado por não ter uma dotação orçamentária destinada ao que foi solicitado.
Manifestação dos presentes após a retirada do Cristiano pela PM