A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) divulgou, nesta quarta-feira (29), que foi confirmado o primeiro caso de febre amarela em macaco na capital baiana. O caso foi confirmado no bairro de Vila Laura. Outros dois casos em macacos já haviam sido registrados na cidade de Alagoinhas, a 120 km de Salvador, no início do mês.
Por conta do caso em macaco, a Sesab afirmou que, em conjunto com o Município, definiu nova estratégia de combate ao controle do vírus em Salvador. Os detalhes das medidas que serão tomadas serão apresentados em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira.
Segundo o último boletim da Sesab, até 14 de fevereiro deste ano, foram notificados 14 casos suspeitos de febre Amarela em oito municípios (1- Itiúba; 4 – Coribe; 1- Itamaraju; 1- Mucuri; 1- Nova Viçosa; 3 -Teixeira de Freitas; 1- Ilhéus; 1- Feira de Santana; 1- residente no estado de Alagoas).
A Sesab informou que dois foram descartados laboratorialmente em Mucuri e um Teixeira de Freitas. Doze casos permanecem em investigação. Os residentes de Coribe e Itiúba são da zona rural.
Alagoinhas
Após dois macacos morrerem por conta de febre amarela silvestre no início do mês, em Alagoinhas, localizada a 120 km de Salvador, 16 animais foram encontrados mortos no município, com sinais de violência e envenenamento, até o dia 17 de março, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A suspeita é de que moradores matem os animais com medo da doença.
Em Alagoinhas, 100 mil doses da vacina contra a doença estão disponíveis para a população. Os moradores chegaram a fazer filas em praças da cidade, onde foram instalados postos de imunização.
O veterinário e gestor do zoológico de Salvador disse que o macaco tem um papel importante no alerta para a doença, por isso não há razão para as mortes. “É como se eles tivessem dando a vida para não avisar que a febre amarela está chegando, eles são importantíssimos e não os vilões”
A febre amarela tem duas formas de transmissão: a silvestre e a urbana. Na primeira, os mosquitos Haemagogus e Sabetes são hospedeiros. Eles picam animais contaminados e transmitem para outros animais, podendo infectar também humanos. Já a urbana, que está erradicada no Brasil desde 1942, é transmitida pelo Aedes Aegypti, que hospeda o vírus ao picar um animal infectado e pode contaminar humanos.