Servidores federais que faziam lazer com lancha oficial foram afastados

Os servidores federais que foram fotografados usando uma lancha do governo – a única disponível para fiscalizar a pesca ilegal em mais de 380 mil hectares na costa brasileira – durante um suposto passeio de família no arquipélago de Abrolhos, extremo no sul da Bahia, no dia 27 julho, foram afastados pelo Governo Federal.

Nas imagens obtidas pelo jornal Folha de S. Paulo, Amarílio Fernandes, coordenador regional substituto do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), um filho pequeno, a esposa dele, uma funcionária do Ibama, e dois homens com a camisa do instituto aparecem vestindo trajes de banho na lancha, atracada próxima a Siriba, única ilha aberta a turistas do arquipélago.

Servidores federais que faziam lazer com lancha oficial foram afastados
(Foto: Folhapress)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O ICMBio, órgão federal responsável pela fiscalização, confirmou a presença dos servidores, mas negou que estivessem passeando. O Ministério da Pesca, que cedeu a embarcação, disse que pedirá explicações ao instituto. “As lanchas são cedidas por instrumentos legais, com obrigações e deveres ao permissionário, não tendo destinação recreativa. Cabe ao ICMBio determinar a sua tripulação para devidos fins”, disse, em nota, ao jornal.

Apoena Figueirôa, coordenador do ICMBio em Porto Seguro falou que também estava no grupo, assim como sua esposa, também servidora do órgão. “Entendo que o fato de os participantes terem aproveitado para nadar e mergulhar não caracteriza isso (lazer)”, afirmou. Ele também explicou que a ida da lancha a Abrolhos já estava programada, e a presença dos casais e da criança não atrapalharia as atividades, pois a equipe estava apta a autuar, em caso de flagrante. Ainda segundo Figueirôa, o grupo foi à ilha de Santa Bárbara, entre 8 e 18 horas do domingo, para conhecer um alojamento cedido pela Marinha ao ICMBio, e depois seguiu para Siriba. O filho do servidor acompanhou o grupo por não ter acompanhante para ficar no continente. O ICMBio de Brasília não comentou o caso.

 

 

 

Fonte: A Tarde

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