Situação ocorre porque corpo do homem foi achado em estado de decomposição e precisou ser submetido a exame de DNA. No entanto, resultado não foi liberado. Com isso, corpo segue no DPT.
Uma família de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, espera há quase oito meses para poder enterrar um idoso de 78 anos. A situação ocorre porque o corpo do homem foi achado em estado de decomposição e precisou ser submetido a exame de DNA. No entanto, até a sexta-feira, 20 de novembro, o resultado não tinha sido liberado. Com isso, o corpo segue no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Agnaldo Ferreira, que tinha que tinha Alzheimer, saiu da casa onde morava, em janeiro, para passar um tempo com um dos filhos, em Araci. No dia 16 de março, ele desapareceu. Oito dias depois, o corpo dele foi achado em estado de decomposição.
O corpo foi reconhecido pelos filhos, mas, mesmo assim, o corpo do homem não foi liberado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Serrinha, cidade próxima de Feira de Santana.
“Segundo o DPT de Serrinha, não podia liberar porque estava em estado avançado de decomposição. Coletaram o material para DNA de um dos meus irmãos e levou para Salvador. Até hoje a gente não tem posição nenhuma”, disse Juliane Ferreira, filha do homem.
Sem o resultado, os filhos não sabem o que aconteceu com o pai e a causa da morte do homem.
“A gente não sabe de nada. Sabe que ele sumiu e desapareceu. A gente sabe que ele é nosso pai pelas roupas que estava no local. Meus irmãos reconheceram ele. A gente sabe que é nosso pai. Mas a gente precisa de uma resposta dele para enterrar”, contou Gilmara Ferreira.
Juliane contou que espera por respostas e que dói querer enterrar um parente e não consegui por causa da demora do poder público.
“Isso dói você querer enterrar seu pai e o Estado não ter uma posição para dar. A gente não pode ficar nessa situação”, disse.
Segundo o DPT, ainda não há prazo para o resultado do exame, que pode levar até três anos para ficar pronto.
Fonte: G1