“No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo,
porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está
aperfeiçoado no amor.” (1 João 4.18)
Para muitos que foram criados dentro de um ambiente religioso, aprenderam muito mais a conviver com o medo, com a ameaça e com a sombra do castigo, do que com o sentimento de paz, acolhimento, aceitação e a confiança de que eram amados. Nestas condições, tornaram-se pessoas fracas no amor. Algumas, lamentavelmente, incapazes de amar e respeitar pessoas. Sob o peso do medo, tornaram-se confusas a respeito de si mesmas, sem saber exatamente aquilo de que gostavam e suscetíveis a culpas, mesmo quando não havia razões para sentirem-se culpadas.
Pessoas que foram submetidas aos rigores da religião e ficaram distantes da experiência com a leveza do Evangelho e a beleza da graça de Deus. Mesmo tendo aprendido intelectualmente que Deus é amor, que as amava com amor eterno e incondicional, não puderam experimentar essas realidades. Afinal o que lhes prometia experiência com Deus, o contexto de suas igrejas, acabava por oferecer-lhes apenas experiências religiosas. Em lugar do reparador encontro com o amor e a graça de Deus, foram marcadas pela frieza e a rigorosa imposição humana.
Precisamos do socorro do Espirito Santo para nos desamarrar das garras da religiosidade e desfrutar a fragrância leve e reparadora do evangelho de Cristo. Ainda que tenhamos começado sob o peso do medo, precisamos terminar sobre a mão amparadora da Graça. Precisamos reencontrar a alegria ofertada por Deus. A segurança e a paz, ainda que não estejamos livres de vales indesejáveis. E nutridos pelo amor de
Deus, ainda que falhos, dia a dia sermos aperfeiçoados no amor. E isso se dá no encontro com o outro, na missão de expressar para o outro o poder transformador dos encontros com Deus. No amor não há medo. Há liberdade, graça e vida. Muita vida! Que Deus nos leve a desfrutá-la!
ucs