Seleção e a última vez do Fenômeno

Ronaldo fez questão de ir até o CT do Corinthians para ficar mais perto da Seleção. Mas ele apenas observou as atividades dos reservas, que aqueceram e treinaram com bola, enquanto os titulares correram em volta do campo. O Fenômeno conversou com o técnico Mano Menezes e membros da comissão técnica e se retirou antes do fim.

Mas se no domingo ele não calçou as chuteiras, hoje será bem diferente. Ficou acertado que Ronaldo participará do rachão da Seleção, um treino descontraído que costuma ocorrer antes das partidas. Mais cedo, será homenageado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

O atacante ganhará um relógio da Parmigiani, patrocinadora suíça da Seleção, que custa cerca de R$ 200 mil. Este será o primeiro produto da coleção especial da CBF. O relógio, feito em aço e ouro rosa, traz as cores amarelo, azul e verde e tem o símbolo da entidade gravado na parte de trás da peça. Também exibe as cinco estrelas do pentacampeonato mundial. É um produto único para homenagear o maior artilheiro das Copas.

Festa só para ele
Mais do que marcar a despedida do Fenômeno dos gramados, a CBF quer mostrar sua gratidão ao atacante. Antes do treino de ontem, ele recebeu todos os jogadores da Seleção como se estivesse cumprimentando as visitas que chegam à sua casa. “Ele esteve no vestiário, cumprimentou a gente, até porque conhece todo mundo”, disse Maicon.

O goleiro Victor, que deve ser titular amanhã contra a Romênia, também falou um pouco com o Fenômeno. “O Ronaldo tem muita qualidade, mesmo sem treinar. Ele disse para mim que treinou essas duas semanas, não vi, mas para ele é um jogo de festa. A gente corre por ele lá dentro”, avisou.

E é esse o espírito do grupo para o amistoso de amanhã. Para muitos, é a chance de garantir uma vaga para a Copa América da Argentina. E para Ronaldo, é sua despedida do futebol. “Quando se fala de Seleção, sempre tem cobrança. O torcedor quer ver espetáculo, mas o jogo festivo é só para o Ronaldo. Servirá para o Mano observar várias coisas e fechar o grupo da Copa América”, lembrou Victor.

Mesmo que o foco seja a partida contra a Romênia, difícil ficar alheio a um evento de despedida como esse. O próprio Victor reconhece a importância de Ronaldo, mas lembra que nunca levou um gol dele. E Maicon queria até que o Fenômeno continuasse a jogar. “Ele até poderia participar da Copa América com a gente”, comentou.


Fonte: Paulo Favero / Jornal da Tarde

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