Segunda caixa-preta confirma que copiloto derrubou avião na França

Segunda caixa contém os parâmetros do voo. A320 de companhia alemã caiu em 24 de março nos Alpes franceses.

Investigadores franceses afirmaram nesta sexta-feira,3, que uma segunda caixa-preta recuperada no local da queda do avião da Germanwings indica que o copiloto da aeronave a derrubou deliberadamente.

Os dados de voo registrados no equipamento encontrado na quinta-feira parecem corroborar evidências da gravação na cabine da aeronave recuperada da primeira caixa-preta, horas após o acidente em 24 de março.

“Uma primeira leitura mostra que o piloto na cabine usou o piloto automático para colocar a aeronave em uma descida em direção a uma altitude de 100 pés”, disse o Escritório de Investigação e Análise para a Segurança da Aviação Civil da França (BEA, na sigla em francês), em comunicado.

“Depois, o piloto modificou diversas vezes as configurações do piloto automático para aumentar a velocidade da avião, enquanto o mesmo descia”, acrescentou.

Procuradores têm afirmado que as gravações registradas na primeira caixa-preta sugerem que o copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, se trancou na cabine do avião e direcionou a trajetória da aeronave em direção à queda nos Alpes franceses.

O gravador de dados do voo possuiu uma leitura detalhada de centenas de parâmetros, incluíndo comandos feitos a partir do assento do copiloto do voo. O BEA afirmou que ainda está trabalhando para esclarecer os fatos envolvendo o voo que antecederam o acidente, que matou 150 pessoas.

Procuradores alemães disseram na quinta-feira que Lubitz fez buscas na Internet sobre formas de cometer suicídio dias antes do acidente, assim como pesquisas sobre portas de cabine e precauções de segurança.

Identificação das vítimas

Os restos retirados da região permanecem no laboratório montado próximo ao terreno, que envia ao Instituto de Pesquisa Criminal da Gendarmaria da França (IRCGN, sigla em francês) somente uma pequena amostra da qual é possível extrair o DNA correspondente.

A comissão de especialistas que trabalha na identificação dos restos mortais do Airbus A320 informou nesta segunda que levará “de dois a quatro meses” para divulgar os resultados das análises.

“Nenhuma identidade será informada até que se tenha o resultado de todas as análises, e isso levará de dois a quatro meses”, disse a um grupo de veículos da imprensa internacional, o coronel François Daoust, diretor do IRCGN. Daoust ressaltou que os especialistas não podem garantir que todas as vítimas serão identificadas.

No entanto, diante da notícia da tragédia, alguns familiares, empresas e órgãos oficiais dos países divulgaram nomes de pessoas que estavam no voo logo depois de sua queda.

Fonte: G1

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