Bahia- O secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, apresentou o projeto de Consórcios de Saúde no 5º Encontro de Prefeitos que ocorreu nesta quarta-feira, 7, no Vila Galé Marés, em Guarajuba. O titular da pasta da Saúde explicou que o projeto dos Consórcios surgiu da necessidade do Estado em contribuir para que os municípios pudessem ofertar serviços de saúde na área das especialidades, que hoje representa uma lacuna entre a atenção básica e a alta complexidade, sobretudo no interior do estado, fazendo com que os pacientes saiam de seus municípios para realizar consultas e exames como tomografia, ressonância, endoscopia, entre outros. De acordo com o secretário, para 2017 está prevista a entrega de quatro policlínicas e será assinada a ordem de serviço para a construção de mais sete.
Fábio Vilas-Boas ressaltou que o governo baiano está na contramão da maioria dos estados que, além de não fazer investimentos na área da saúde, está com as contas deficitárias e enumerou as obras que serão entregues em 2017, a começar pelo Hospital da Mulher, em janeiro, e os hospitais Costa do Cacau e Chapada Diamantina, no primeiro semestre. Ele ainda relacionou as obras inauguradas em 2016 como o Hospital Geral do Estado 2 (HGE 2) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 horas)de Feira de Santana e Vitória da Conquista.
Para o secretário, o sistema tem que ter a capacidade de inovar também em momentos de crise. “Temos que buscar fontes alternativas para baixar custos e descobrir novas formas de recursos para custear a saúde. Temos que trabalhar para termos resolutividade”.
A presidente da UPB, Maria Quitéria Mendes, ressaltou a importância dos consórcios para contribuir numa melhor gestão dos recursos públicos, não apenas para serviços, “mas também para aquisições como medicamentos, a exemplo do que ocorre em Alagoas”, ela acrescenta que tem a merenda escolar que também pode ser adquirida dessa forma, dentre várias outras demandas que, quando adquiridas em grandes quantidades “reduz expressivamente o valor, barateando os custos para os municípios, sobretudo para aqueles menores”, concluiu Quitéria.
Ainda durante o encontro, o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas se reuniu com os prefeitos da região Oeste para alinhar pontos relacionados aos consórcios, discutir a participação dos municípios e falar sobre as necessidades da região.
Consórcios
A partir da formalização dos consórcios entre os municípios, serão construídas as policlínicas com até 13 especialidades, 32 serviços de apoio diagnóstico, equipamentos, tais como tomógrafo, ressonância magnética, mamógrafo, além de realizar pequenas cirurgias. Diferente do que ocorre atualmente, o objetivo é que as pessoas não precisem mais se deslocar para a capital a fim de realizar consultas e exames, visto que os mesmos estariam disponíveis nas diversas regiões do estado. O estado vai co-financiar até 40% da manutenção, enquanto os municípios consorciados irão ratear o restante, um total de cerca de R$ 700 mil. A unidade contará com todos os equipamentos para funcionar numa cidade-sede da região. Uma policlínica padrão deve atender uma região de 500 mil pessoas.
Os municípios, por sua vez, têm que garantir o funcionamento de seus postos de saúde, UPAs e hospitais, sendo os pacientes mandados para as policlínicas só após passarem por um médico em seu município. Os municípios consorciados podem escolher os tipos de serviços, exames e especialidades médicas a serem oferecidos nas policlínicas a exemplo de tomografia, radiologia e biópsia, além de poderem oferecer deslocamento entre as cidades consorciadas e a cidade-sede da policlínica.
Fonte: ASCOM/ SESAB