“Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres.” (João 8.36)
A liberdade possível em Cristo é de uma natureza e de um tipo completamente diferentes do que normalmente pensamos. A liberdade que normalmente idealizamos, conforme os padrões do mundo que organizamos, exige certa quantidade de poder, certa quantidade de dinheiro, certo padrão de saúde e certas condições externas para que a possamos desfrutar. E mesmo assim, dependendo de como estamos internamente, poderemos nos sentir escravizados e ansiar por uma liberdade que nem mesmo saberíamos nominar. A verdade é que, ser livre, segundo pensamos, não é, de fato, ser livre. Ainda não sabemos o que seja ser livre. Somente em Cristo poderemos descobrir o que é a liberdade e poderemos desfrutá-la.
O que mais precisa mudar para que estejamos a caminho de conhecer a liberdade de que Cristo fala, somos nós mesmos. Somente à medida que formos transformados pelo amor e graça de Cristo é que saberemos o que liberdade significa. Mas naturalmente nos dirigimos para outros lugares. Somos dominados por preocupações e angústias que nos atraem para outra direção. Não haveria esperança para nós, jamais poderíamos ter a possibilidade de conhecer a liberdade, se Deus em Seu amor sem medida não tivesse vindo a nós, amando-nos de antemão, sem qualquer merecimento de nossa parte (Rm 5.8). Porque Deus nos ama assim, há esperança. Podemos ser livres.
Na medida em que Cristo for nos libertando, nos transformando, saberemos melhor aquilo que realmente importa e nos preocuparemos com o que, de fato, tem valor. Seremos mais capazes, na medida em que aprendermos com Ele a pensar de uma forma nova, de desfrutar e reconhecer a liberdade verdadeira. Quando Cristo nos habita, amadurecemos e vivemos menos preocupados com o que não é definitivo e não é central para a vida. Tornamo-nos mais capazes para lembrar o que devemos lembrar e esquecer o que devemos esquecer. A vida fica mais significativa e mais leve, embora não necessariamente mais fácil. O amor passa a contar mais que o poder e a fé nos satisfaz mais que as racionalizações. Se o Filho nos libertar, será assim! Seremos, de fato, livres!