Ricardo Alagoano e comparsas morrem em confronto com a Polícia da Bahia

Ricardo Alagoano e comparsas morrem em confronto com a Polícia da Bahia
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O pistoleiro Floro Calheiros Barbosa, o Ricardo Alagoano, seu sobrinho Lucas Calheiros Barbosa e, um terceiro não identificado, morreram, em tiroteio com policiais da PM baiana, na manhã deste domingo (10), na entrada oeste de Barreiras, no trecho de estrada entre a Polícia Rodoviária Federal e o Batalhão de Engenharia e Construção, na BR-242. Junto ao corpo deste terceiro, foram encontrados documentos em nome de João Carlos Pinheiro da Costa, mas a autenticidade dos mesmos ainda está sendo checada pela polícia técnica, sob a coordenação do delegado André Aragão.

Os matadores eram foragidos da justiça de estados nordestinos, com extensa ficha policial e, perseguidos pela Polícia do Tocantins, acabaram cercados pela PM baiana quando trafegavam numa Mitsubishi de cor preta, tomada de assalto após confronto com os policiais na fronteira dos dois estados. Junto aos corpos dos criminosos foram encontradas duas armas de calibre 9 mm, das marcas Taurus e Glock. Alguns policiais disseram ter ouvido ruído característico de rajada de sub-metralhadora, mas a arma ainda não foi encontrada. O filho de Ricardo, Fábio Calheiros, teria sido baleado, ontem, pela PM do Tocantins e preso na oportunidade.

Floro Barbosa Calheiros é alagoano e trabalhava como agiota, sendo considerado foragido da Justiça de Sergipe. Ele seria o mandante do assassinato do empresário e ex-deputado estadual baiano Maurício Cotrim Guimarães, 59 anos, crime ocorrido no dia 14 de setembro de 2009, em Itamaraju.Tempos depois, no final deste mesmo ano, o delegado André Serra, que indiciou Floro, foi assassinado por dois pistoleiros, a bordo de uma moto, enquanto caminhava numa praça na cidade de Ipiaú, após comprar um acarajé.

Ex-assessor parlamentar na Assembléia Legislativa de Alagoas, Ricardo pertence à família Calheiros, a mesma do político Renan Calheiros. Há poucos dias, numa surpreendente entrevista à imprensa, Ricardo, que fugiu de um presídio do Sergipe em 2008, negou ser o mentor do atentado contra o desembargador do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE) Luiz Antônio Araújo Mendonça.

Ricardo Alagoano

Ricardo e seus familiares eram acusados, dentro de uma série interminável de crimes, de chefiar o atentado contra o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe , o desembargador Luiz Antônio Araújo Mendonça, em agosto do ano passado. Calheiros foi detido duas vezes, mas estava foragido há dois anos. Antes de fugir, ele teria jurado Mendonça e um deputado estadual de morte. Ex-promotor de Justiça, Mendonça foi secretário de Segurança por duas vezes durante a administração do ex-governador João Alves (DEM).

Neste atentado, os bandidos fizeram cerca de 30 disparos contra o carro presidente do TRE, Luiz Mendonça, que foi atingido por estilhaços no pescoço, tendo morrido alguns dias depois o motorista, um Policial Militar, que dirigia seu carro.

Fonte: Jornal O Expresso

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