A reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (13) terminou sem acordo. Os integrantes do encontro disseram que conversas continuarão, de modo informal daqui em diante, para a costura de um documento que reflita uma posição de acordo entre todos os membros.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mobilizado esforços diplomáticos nos últimos dias para abrir um corredor humanitário entre a Faixa de Gaza e o Egito. A ideia do corredor é servir de saída para civis que queiram deixar Gaza e de entrada de alimentos, remédios e água.
A reunião do conselho foi antecipada para esta sexta a pedido do Brasil, que preside o órgão neste mês de outubro. O encontro foi comandado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Ele deverá dar uma entrevista coletiva ainda nesta sexta, após conversa com o secretário-geral da ONU, o português Antonio Guterres.
Território palestino na fronteira com o Egito e Israel, Gaza tem sido alvo de bombardeios do exército de Israel desde o fim de semana, em reação ao ataque terrorista do Hamas ao território israelense. O governo de Israel quer enfraquecer as bases do Hamas em Gaza.
A proposta do corredor humanitário foi bem recebida pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que decidiu apoiar a antecipação da reunião.
Representante da Rússia na ONU, o embaixador Vassily Nebenzi afirmou que o país apresentou uma proposta de resolução ao conselho e que aguarda a adesão dos demais membros até este sábado (14).
Prazo para retirada –Em um desdobramento do confronto, o exército israelense deu um prazo de 24 horas para que civis deixassem a Cidade de Gaza, que fica ao norte da Faixa. O prazo para evacuação se encerrou às 18h desta sexta, no horário de Brasília. Israel fez o aviso porque pretende atacar a região.
A diplomacia do Brasil negocia com o Egito para tentar levar esses brasileiros por terra de Gaza até a fronteira do Egito e, naquele país, até o Cairo, a capital. Do Cairo um avião da Presidência da República do Brasil embarcaria com o grupo. Mas o Egito ainda não autorizou nem a o traslado do grupo por terra nem o pouso do avião.
Fonte: Bahia.ba