Restauração

“Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável. Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer.” (Salmos 51.9-12)

Quando somos tentados, algo como uma cegueira cai sobre nós. Achamos que o pecado não é assim tão ruim, tão perigoso, tão… pecado! Sabe quando estamos de dieta e vemos um maravilhoso pedaço de bolo? Pensamos: “É só um pedaço de bolo! Depois eu compenso. Já estava mesmo pensando em dar uma corridinha amanhã! Vai até ser melhor!” Mas normalmente descobrimos que não é bem assim. Mas quebrar uma dieta não é um grande problema e, sejamos sinceros, para que fazer uma se não tivermos a coragem de desfrutar o maravilhoso prazer de quebra-la em algum momento?! Mas com o pecado é bem diferente.

Após pecar, Davi, que é quem escreveu o salmo 51, cair em si e percebe que está num buraco; se dá conta de que tomou a decisão errada. Ele tem vergonha do que fez e sabe que Deus sabe. Ele deseja que Deus desconsidere que vire o rosto para o outro lado. Ele percebe como seu coração é mal e como ele é instável em seus propósitos. Afinal, sabia que deveria evitar o que fez! Pede então ajuda a Deus para que haja mudanças em sua vida. Seu sentimento é o de que Deus se afastou. A proximidade como Espírito de Deus que tantas vezes o inspirou a compor e cantar agora lhe parecia uma grande distância! A alegria de pertencer a Deus se foi e pesa sobre ele sua desobediência. Ele então clama a Deus: “Senhor restaura tudo isso que perdi! Não me rejeites!”.

Davi foi chamado de “o homem segundo o coração de Deus”, e era como nós, um pecador. Ele nos ensina a lidar com essa nossa natureza que nos trai e nos convence a transgredir. Nos ajuda a perceber quantas perdas há em nossas atitudes pecaminosas. Ele sabe o que é ser um pecador e fala com clareza sobre isso. Mas também sabe que pecadores, por mais envergonhados que estejam, devem correr para os braços de Deus. Devem confessar pecados e pedir ajuda. Devem ansiar por ser uma nova pessoa e especialmente diante da prova de que ainda é a mesma velha pessoa transgressora. Por isso, evite o pecado. Mas, se pecar, volte correndo para Deus. Quantas vezes forem necessárias.

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