Os homens se fazem valer na medida em que sabem resistir às formas fáceis da vida e do espírito. Não é necessário que sejamos especialmente fortes, se dignos. Os homens fortes são seres sem solidariedade humana nem lágrimas para chorar. Os dignos, os que não se entregam às seduções óbvias do mundo, os que preferem a luta à fuga ou à entrega covarde, mas que odeiam a luta porque ela significa destruição e desequilíbrio, esses têm em alto grau solidariedade humana e lágrimas de amor no fundo, de seus olhos duros.
Mais claramente, nos dias atuais, as escolhas do viver, tornam-se menos definidas, existe um labirinto de dúvidas. Nessa revolta que sacode o homem e o faz dizer: “Isto não é possível”, já está a certeza desesperada de que “isto” é possível. Porque a guerra da Ucrânia e do Hamas além das mudanças climáticas são atos de homens fortes não de homens dignos.