Renda do baiano aumentaria 4,3% com o acesso ao saneamento

Renda do baiano aumentaria 4,3% com o acesso ao saneamentoEstudo do Instituto Trata Brasil revela ainda que o saneamento contribui também para a valorização de imóveis e aumento de produtividade

A implantação da rede de esgoto reflete positivamente na qualidade de vida do trabalhador gerando o aumento da sua produtividade e da renda, além de contribuir para a valorização dos imóveis. A pesquisa Benefícios econômicos da expansão do saneamento básico”, encomendada pelo Instituto Trata Brasil e realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela que a renda média e a produtividade do trabalhador na Bahia cresceriam 4,3% com a universalização da rede de esgoto.

Segundo a pesquisa, apenas 66,3% dos moradores de Salvador são atendidos pela rede de esgoto. A capital baiana ocupa a 31ª posição no ranking Trata Brasil que lista a situação de 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. “A evolução do setor é inquestionável, mas o déficit continua. Os investimentos precisam se crescentes para reduzir o número de brasileiros que ainda não tem acesso ao saneamento básico”, esclarece o presidente do instituto, André Castro.

Por outro lado, ao ter acesso à rede de esgoto, um amazonense aumenta sua produtividade em 4,3% permitindo assim o crescimento de sua renda na mesma proporção. A estimativa é que a massa de salários no Estado da Bahia, que hoje gira em torno de R$ 50,71 bilhões, tenha um ganho de R$ 2,17 bilhões por ano.

Efeito imobiliário

A universalização do acesso à rede de esgoto pode ainda proporcionar uma valorização média nacional de até 18% no valor dos imóveis. Essa valorização terá efeitos diferenciados em cada estado da Federação. Os estados com maior deficiência são os que teriam o maior volume de ganhos. A pesquisa estima que a valorização dos imóveis, na Bahia, por exemplo, chegaria aos 3,3%.

Saúde

A pesquisa mostra ainda os efeitos da universalização do saneamento na área da saúde e revela que por ano, 217 mil trabalhadores brasileiros precisaram se afastar de suas atividades devido a problemas gastrointestinais ligados a falta da coleta e tratamento adequado do esgoto. Somente na Bahia foram 75.254 internações, em 2009; sendo que 16.497 delas poderiam ser evitadas.

O estudo também apurou que em 2009, de acordo com o DATASUS, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrointestinais, 2.101 faleceram no hospital. Na Bahia foram 334 mortes, dessas 219 vidas poderiam ter sido seriam salvas com a implantação do saneamento
Instituto Trata Brasil

O Instituto Trata Brasil é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), iniciativa de responsabilidade socioambiental que visa à mobilização dos diversos segmentos da sociedade para garantir a universalização do saneamento no País.

Criado em julho de 2007, o Instituto Trata Brasil tem como proposta informar e sensibilizar a população sobre a importância e o direito de acesso à coleta e ao tratamento de esgoto e mobilizá-la a participar das decisões de planejamento em seu bairro e sua cidade; cobrar do poder público  recursos para a universalização do saneamento; apoiar ações de melhoria da gestão em saneamento nos âmbitos municipal, estadual e federal; estimular a elaboração de projetos de saneamento e oferecer aos municípios consultoria para o desenvolvimento desses projetos, e incentivar o acompanhamento da liberação e da aplicação de recursos para obras.

Hoje, o Instituto conta com o apoio das empresas e entidades Amanco, Braskem, Solvay Indupa, Tigre, CAB Ambiental, Foz do Brasil, Acqua Manager, Fundação Getúlio Vargas (FGV), Pastoral da Criança, Agencia Nacional de Águas (ANA), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR), Associação Brasileira de Municípios (ABM), Associação das Empresas de Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Fundação Nacional dos Urbanitários (FNU) e Instituto Brasil PNUMA. Visite o site www.tratabrasil.org.br

 

Fonte: Milena Serro/ Instituto Trata Brasil – Comunicação

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