Regras humanas e Palavra de Deus

Ele respondeu: Bem profetizou Isaías acerca de vocês, hipócritas; como está escrito: Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens.”  (Marcos 7.6-7)

Diante da divisão que marca o mundo religioso cristão, diante da fraqueza que caracteriza nossa presença na sociedade, precisamos ler as palavras de Jesus e aplica-las à nossa vida, à nossa conduta como comunidades de fé e nossa vida como cristãos. Por Jesus estar falando aos fariseus, temos a tendência de ler e nos distanciar da mensagem, como se nada tivesse a nos dizer. Mas corremos também o risco de ter Deus sempre nos lábios, mas nem sempre ou mesmo raramente, no coração.

O que move nossas mãos, inspira nossas atitudes, determina nosso caráter, não é aquilo que há em nossos lábios, mas o que há em nossos corações. E o que muda nosso coração é o poder da Palavra de Deus. A Palavra de Deus tem habitado sua vida e mudado seu coração? Não me refiro a versículos bíblicos. Não me refiro a conceitos que podemos formular a partir dos textos das Escrituras. Não conhecemos a Palavra de Deus simplesmente porque conhecemos o que está escrito na Bíblia. Conhecemos a Palavra de Deus quando compreendemos o sentido do que está escrito e somos levados a viver segundo a vontade de Deus. Do contrário, teremos transformado o texto bíblico em regras ensinadas por homens. Seremos capazes de dize-las com os lábios e negá-las com a vida.

Isso explica porque vivemos divididos, porque somos tantos e tão pouco relevantes. Isso explica nossa superficialidade como indivíduos e comunidades cristãs. Isso explica a infantilidade que nos faz andar vagarosamente e errando constantemente o rumo. A Bíblia precisa ser Palavra de Deus para nós, mas para isso precisamos ouvir o que ela nos diz e não apenas dizer o que nela está escrito. O que mais tem estado em sua vida: regras humanas ou Palavra de Deus? Não se apresse em responder. Aprenda a ouvir. Submeta-se ao juízo do Espírito Santo. Quer um indicador para aferir a sua resposta? O quanto você tem aprendido a amar, servir, respeitar, acolher e cuidar de pessoas?

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