VIAJANTE SOLITÁRIO
Meus pensamentos vagueiam
E meu coração pergunta,
O que nesse mundo valeu à pena?
Quantas coisas por mim passaram,
Muitas sonhadas e não conquistadas.
Tantos amigos que se foram,
E muitos que se perderam.
Tantas mudanças, andanças,
Tantas e muitas perdidas jogadas ao léu.
Quantos mistérios não desvendados,
Quantas mentiras tive que ouvir.
Quantas lágrimas derramadas,
Por perdas, magoas e derrotas,
Outras tantas por anseios.
Quanta saudade de algo vivido
E outras por não ter existido,
Quanto aprendizado na escola,
Da vida e quantas ainda tenho que aprender. Na medida do impossível…
Então me diz qual seria a hora certa de chegar,
O ano, o mês e o dia para que eu possa encarar.
Sem medo e sem covardia sem vergonha de chorar,
os desmandos da alegria que teima em não ficar.
Na voz, uma melodia no caso de eu me afastar.
No peito, uma poesia para te presentear.
Jamais eu desistiria de ao teu lado ficar,
O possível eu faria o impossível, vou tentar.
Então me diz qual seria que rumo exato tomar,
Tendo o amor de companhia chego em qualquer lugar.
O importante é ser você mesmo. Não importa quem seja, apenas seja. Seja verdadeiro, seja aquilo que transborda de sua alma, olhos e coração. Seja o mesmo de sempre, porém nunca igual. É preciso melhorar, de pouco em pouco, a carcaça. Seja como a lua: a mesma todas as noites, porém em constante mudança de fases. Intercalando brilhos intensos e amenos. A única e maravilhosa lua que nunca muda, apesar das transformações. Sempre luz a iluminar as noites. Nunca invejando o sol ou as estrelas. Jamais mudando aquilo que compõe sua atmosfera. Em hipótese alguma tentando ser planeta. Seja nova, seja crescente, seja cheia ou minguante. Aprimore seus estados, modifique o visual, observe e melhore seus atos. Mas nunca deixe de ser o que é. Seja sol, lua ou simples poeira cósmica, o fundamental é ser essência, ser humano, ser viajante solitário.