Recanto da Poesia: FIM DE ESTRADA

FIM DE ESTRADA

Eu olhava o céu e o mar…
Vi as gaivotas que mergulhavam no oceano,
Ouvi as ondas quebrando na praia,
Só não ouvi você chegar.

Você veio caminhando devagar
na areia morna, deixando desenhos abstratos,

Sem formas, indefinidos…
que suas pegadas formavam.

Você fitava o horizonte,
Olhando a imensidão do mar,
Divagava…parecia flutuar,
Dançando, planando no ar.

Nos céus de um azul sem fim,
as estrelas brilhavam sem pudor,

Testemunhando uma noite de amor,
Eu ali sentado na areia beira mar. 

No fim, quando tudo se acalmou,
tão distante quanto a linha do horizonte,
avistei você bailando sobre as ondas,

Era tempo para recomeçar,  

Uma linda história de amor,

Aqui bem pertinho do mar.

Chegou ao fim. O fim é o destino de toda caminhada, a última parada de todo caminho, o último parágrafo é o que transforma algo em uma história, fechar a contracapa é um ato de despedida e continuidade, aquela história de amor será apenas uma lembrança, uma lembrança dela, memórias são roupas de alfaiataria. Ainda existe carinho, mas não existe um amanhã escondido no bolso dos casacos. Tentar, discutir, ser paciente, esperar, mudar, perdoar, acreditar, faz parte deste universo, mas existem pessoas que desejam uma liberdade solitária e ela não quer fazer parte disso, algumas pessoas estão presas aos personagens que criaram. O amor é um sujeito bem estranho, aparece sempre com um ar de eternidade, repleto de força e promessas e some repentinamente em uma bela manhã, deixando apenas uma lucidez de quem se olha no espelho. É preciso ir para os amanhãs que o tempo irá lhe trazer. Fecha o livro e colocar na estante, é   sorrir, mergulhado em tímidas lágrimas.

 

2 COMENTÁRIOS

  1. Obrigado mano. Confesso: sou um poeta apaixonado.
    Sou apaixonado pela vida, pela minha família maravilhosa, pelos amigos, pela natureza, enfim por tudo que é essencial para o meu viver. um forte abraço. Orlando

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