Recanto da Poesia: AMIGO

AMIGO

DEDICADO, TERNO A CADA INSTANTE.

MAIS PARECE VERDADEIRO IRMÃO,

DOANDO CARINHO MUI SUAVEMENTE,

COM GESTOS CHEIOS DE ATENÇÃO.

NAS HORAS AMARGAS ALI PERMANECE,

CONFORTANDO NA INCOMENSURÁVEL DOR,

SEM ALARDES OU BARULHO NÃO CARECE,

DEMONSTRAR O SOFRIMENTO COM VIGOR.

NAS FRAQUEZAS DO AMIGO COMPREENDE,

SILENCIA OS ERROS E NÃO FALTA À VERDADE,

COM VEEMENTE TERNURA TUDO ENTENDE

E INSINUA OS SENTIMENTOS COM LIBERDADE.

NAS ALEGRES HORAS DE GRANDES VITÓRIAS,

SORRI ENLEVADO RECONHECENDO O VALOR,

NÃO LEMBRA SUAS PRÓPRIAS HISTÓRIAS,

EM SEU ROSTO ESTÁ REFLETIDO REAL ARDOR.

QUANDO O OUTRO ALMEJA A PRIVACIDADE,

RETIRA-SE SILENCIOSA E SIMPLESMENTE,

DESEJANDO QUE A VERDADEIRA SERENIDADE

SE APROXIME VIGOROSA E FORTEMENTE.

SÓ DESEJA O BEM E JAMAIS É INDIFERENTE,

REPUDIA COM HORROR A SIMPLES TRAIÇÃO,

E SE ERGUE EM SUAS ALEGRIAS, CONTENTE,

APROVANDO QUALQUER ESCOLHIDA VOCAÇÃO.

 

Amigo é alguém especial e único, em suas veias, não corre o mesmo sangue, tem genes diferentes, mas gostaríamos de chamar de irmão, em qualquer oportunidade, alegria ou sofrimento. Em todas as ocasiões lá está ele comovido, pronto e disposto a trazer o conforto ou comemorar as vitórias.

Não há nada que se compare a um amigo desprendido, nas horas abaladas de sofrimento ou de exultações. O amigo compreende sem censurar e ouve com paciência, acompanha o trajeto difícil e o egoísmo não se manifesta. Quando tudo parece vazio e solitário não há companheiro melhor.

Abre o coração aos segredos e também sussurra os seus. Conhece tudo e todos á sua volta sem criticar, reconhece os defeitos do outro e o aceita como é. Chora quando as dores são imensas sem, no entanto, alarmar. Partilha júbilos e se regozija em ocasiões de felicidade suprema.

O verdadeiro amigo é silencioso e eficaz, discreto e envolvente. Procura fazer o bem, sem, contudo, ostentar. Está sempre atento quando o outro necessita da palavra confortadora e se afasta discretamente no momento que a solidão for um bem maior.

É interessado e se regozija com os sucessos do amigo e se entristece quando o fracasso aparece envolvendo sua vida. Não há fingimento ou desfaçatez no abraço acolhedor. É capaz de chorar quando o contempla humilhado ou infeliz.

Está presente nas dores e alegrias e defende veementemente o amigo ausente nas maledicências dos hipócritas, sem relatar as palavras maldosas evitando altercações ou mágoas inúteis.

Chora e ri com a mesma facilidade desde que possa estar solidário e compreende até mesmo algumas injustiças porque amizade é sinônimo de generosidade e grandeza d’alma.

O amigo verdadeiro aparece raramente na vida de alguém, mas quando acontece não há dinheiro, sucesso ou capacidade que ultrapasse esse valor discreto e oculto, precioso e incomum. É uma dádiva que poucos alcançam em toda a sua extensão.

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