Encontro com a Coordenação Nacional de Comunidades Quilombolas (Conaq) aconteceu na Comunidade Quilombola de Volta Miúda
As Comunidades Quilombolas do Extremo Sul da Bahia receberam nos últimos dias a visita de uma comitiva da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) formada com representantes de sete estados. A reunião de encerramento foi realizada na terça-feira, 14 de setembro, na Comunidade Quilombola de Volta Miúda, com a presença de diversas comunidades rurais e quilombolas da região.
O encontro teve como objetivo o estreitamento da relação entre as comunidades quilombolas locais e a Conaq, fortalecendo o processo de luta, defesa e efetivação dos seus direitos. “Nós estamos aqui a convite da comunidade, e nossa missão é lutar pelo direito das comunidades e, em específico, pela regularização dos seus territórios e o acesso a políticas públicas”, explicou Sandra Andrade, que é coordenadora executiva nacional da Conaq e membra do Conselho Nacional de Direitos Humanos.
Célio Leocádio, presidente da Associação de Produtores Rurais de Volta Miúda (APRVM) e da Cooperativa de Comunidades Quilombolas do Extremo Sul da Bahia (COOPQUES), destacou: “Parece que a luta de quilombo, a luta de indígena, é uma luta que nunca vai acabar, e por isso que nós buscamos a Conaq, porque nós sempre temos resistido a tudo e precisamos nos fortalecer”. Estiveram presentes na reunião, além de Volta Miúda, representantes das comunidades de Vila Juazeiro, Cândido Mariano, Helvécia, Rio do Sul, Mota, Naiá, São Benedito, Igrejinha, Rancho Queimado, entre outros.
A Conaq é um movimento composto por quilombolas de todo o país, contando atualmente com cento e quatro coordenadores, com articulação de luta junto aos governos. Como resultado do encontro, já foram encaminhadas reuniões com as secretarias estaduais de saúde, educação e segurança pública para resolução de problemas apontados pelas comunidades quilombolas do Extremo Sul. “Com certeza nós saímos muito mais fortes desse momento aqui hoje e vamos continuar lutando”, considerou o professor Benedito Longado da Comunidade Quilombola de Rio do Sul.