Porque chega uma hora na vida onde temos certeza do que gostamos ou não, sem precisar provar nada, sem precisar se auto-afirmar o tempo todo. Tem uma época em que a opinião dos outros é o que define nossas preferências, mas quando a maturidade vem, entendemos que gostos e opiniões são individuais e que nem sempre a gente vai gostar do que todos gostam. É incrível como as pessoas se perdem por informações pela metade, por conclusões precipitadas. Eu fiz o teste. Desativei minha conta no facebook por alguns dias e quando voltei ninguém me perguntou se tinha acontecido alguma coisa comigo. Quem me abordou queria saber apenas o porquê da conta ter sumido. Por último, coloquei uma foto engraçada no meu perfil ,de uma criança fazendo careta, e no fundo a foto de uma banda que eu não escuto. À primeira vista, a mensagem correta e obvia estava ali: se trata de uma brincadeira, onde a criança está de cara feia para a tal banda, mas ninguém quer ver o óbvio. Pois é muito mais fácil achar que eu mudei totalmente de estilo, do que pensar que se tratava de uma crítica bem humorada e construída com sarcasmo em relação àquele gênero musical.
De forma superficial e rápida, com os contatos da minha lista de amigos, fica claro que o julgamento acontece incessantemente.
Claro que estamos no mundo, e isso nos torna passiveis de julgamento o tempo inteiro. Mas para aqueles que creem na Bíblia, recomendo a leitura de dois fragmentos: Mateus 7:1 e Marcos 12:31, onde fica claro que devemos amar ao próximo e não julgar ninguém.
Outro dia eu estava sentada com meu pai, esperando minha mãe chegar para nos buscar e quando ela chegou notei que havia um grupo de pessoas olhando atentamente pra nós dois, até que quando a viram, comentaram entre si: – Ah, são pai e filha! Como se alguém tivesse alguma coisa a ver com isso. A única coisa que importava para aquelas pessoas naquele momento era julgar. É interessante como eles pensaram em tudo, menos que aquele poderia ser meu pai. E o mais triste, é que este tipo de coisa acontece o tempo inteiro comigo e com você; tanto como vítimas, tanto como emissores destes pré-juízos, quantas vezes olhamos pra alguém e a única preocupação foi dar uma nota sobre seus atos, roupas, etc.?