“Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem.” (Efésios 4.29)
Aprendi que existem algumas palavras que devem ser usadas com bastante cuidado. Duas delas são “nunca” e “sempre”. Até existe um ditado: “nunca diga nunca”. Está claro que ele é uma contradição em si mesmo, pois diz nunca ao mesmo tempo que orienta para que não se diga. Não ensinaram isso a Paulo. Escrevendo ao tessalonicenses orienta aqueles irmãos a sempre alegrarem-se e serem gratos e a nunca deixar de orar (1Ts 5.17-19). E aqui, escrevendo aos efésios, diz: “Nenhuma palavra torpe saída da boca de vocês”.
Somente em comunhão com Deus, sob a influência de sua presença, é que poderemos nos sair bem nesse mandamento paulino. Tiago escreveu que “se alguém não tropeça no falar, esse homem é perfeito, sendo capaz de dominar todo o corpo” (Tg 3.2). Todos sabemos como é muito fácil tropeçar nas palavras! Provérbios também trata do assunto e enaltece a atitude conservadora no uso das palavras afirmando que “mantendo-se calado, até um tolo pode ser considerado sábio” (17.28). Somos desafiados hoje a cuidar melhor de nossos lábios e faze-los instrumentos do bem apenas.
Uma palavra torpe é uma palavra capaz de alterar negativamente quem a ouve. Há vários sentidos que podemos dar às palavras de maneira a causar este tipo de efeito. Todos sabemos como fazer isso e por várias razões sentimos a inclinação de agir assim: por raiva, ciúmes, orgulho, mágoa… sempre motivações ruins. É nosso dever assumir o controle dos nossos lábios e resistir à tentação de usá-los para o mal. Não é fácil, mas representa o quanto temos crescido interiormente. Tenha cuidado hoje. Que suas palavras sejam agradáveis, portadoras de vida, amor e graça. Que Deus diga “amém” ao que você disser!
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