Quanto você devia?

“Respondeu-lhe Jesus: ‘Simão, tenho algo a lhe dizer’. ‘Dize, Mestre’, disse ele. ‘Dois homens deviam a certo credor. Um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. Nenhum dos dois tinha com que lhe pagar, por isso perdoou a dívida a ambos. Qual deles o amará mais?’ (Lucas 7.40-42)

A leitura do verso anterior a estes revela que Simão, que responde tão solicitamente referindo-se a Jesus como “Mestre”, de fato, não o tem nesta conta. Ele estava decepcionado com Jesus. Como podia aceitar a proximidade com uma ‘pecadora’?! Para Simão, Jesus era uma farsa, mas não tem coragem de admitir isso e então mente. Ele não era o único a pensar e agir assim. Em toda história, em todos os tempos, Jesus tem sido Mestre e Enganador. Para uns o primeiro, para outros, o segundo. Quem, de fato, Ele é para mim e para você? Mesmo sabendo o que Simão pensava, Jesus foi gentil e amoroso com ele. Havia ainda a mulher, a quem Simão com toda certeza rejeitava. Ele via a si mesmos com  alguém completamente diferente dela. Jesus então decide ajuda-lo contando uma rápida parábola. Um credor e dois devedores.

Simão era um dos devedores. Este era o primeiro desafio: reconhecer-se um devedor espiritual. Na parábola um deve mais outro menos, mas isso apenas está realçando nosso modo de ver as coisas. Isso denuncia nossa mania de nos comparar. Na verdade, os dois devedores representam como nos sentimos como pecadores. Se consideramos grave nosso pecado ou se o consideramos sem grande importância. Pois isso define o impacto que o perdão de Deus causa em nós. Se amamos mais ou se amamos menos. O quanto amamos é a medida final de tudo na fé cristã. E nela, sem amor, não há valor. Palavras se tornam sons sem sentido, profecias perdem o valor e sacrifícios pessoais não resultam em coisa alguma que os justifique (1Co 13.1-3). Por isso a primeira ação do Espírito Santo em nossa vida é nos levar a reconhecer nossa dívida e perceber que não é pequena. Nunca é! Pois, antes que possamos responder ao amor de Deus, precisamos ter consciência de nossa grande dívida!

É a ilusão e cegueira sobre nós mesmos nos tornam religiosos frios ou interesseiros espirituais. E aí achamos que somos dos que devem menos. Quando, pelo Espírito de Deus, formos quebrantados (e isso pode demorar!), despertaremos para o amor que se revela em humildade, gratidão e devoção, como aquela mulher. Entenderemos que somos quem deve mais, o principal dos pecadores! (1Tm 1.15). Pois, quanto ao pecado, seja qual ou quantos forem, será sempre uma dívida que não poderemos pagar. E não mais nos atreveremos a julgar alguém por seus e pecados. Pois, vendo a queda do outro, temeremos!  Você já parou para calcular a sua dívida? Não para se sentir miserável, mas para perceber melhor o quanto o grande o amor de Deus e maravilhoso o perdão que recebemos por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor!

ucs

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