Purificado por Deus e por mim mesmo!

“Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.” (1 João 3.3)

Por seu sacrifício em nosso lugar, Jesus abriu-nos a porta do perdão e da mudança de vida. Na linguagem do próprio João: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 Jo 1.9) Em Cristo recebemos a purificação de nossos pecados. Mas João diz algo mais: nós também precisamos purificar a nós mesmos. A purificação de que trata o Evangelho de Jesus tem essas duas faces: a que Deus opera em mim por meio de Cristo e a que eu devo realizar em mim mesmo por meio de novas escolhas e concepções. O pecado de que Jesus veio nos purificar não se restringe aos que facilmente pensamos e que constituem-se de transgressões de mandamentos ou de falhas morais. O Evangelho tem implicações bem mais profundas, é bem mais amplo e também prático.

Nossos pecados envolvem nosso estilo de vida e, principalmente, a forma como nos relacionamos com as pessoas e as coisas, a natureza e as instituições. O orgulho e a presunção que alimentam nossa falta de humildade, a atitude de manipular o outro, a falta de sinceridade, o jogo de interesses, a ganância, a irresponsabilidade, a mesquinhez que nos afasta da generosidade, a ira, a mágoa, o preconceito e a fofoca ilustram a grande quantidade de pecados dos quais precisamos nos purificar e ser purificados. Temos responsabilidades em nossa mudança de vida! Nem tudo depende de Deus. Por isso Paulo escreveu orientações como a que encontramos na carta Aos Efésios: “Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação que receberam. Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor.” (4.1-2).

Não apenas as atitudes são foco dessa mudança, mas também nossas ideias, nossas concepções sobre a vida. É o que Paulo escreveu Aos Filipenses: “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.” (4.8). Por isso, a jornada como discípulo de Jesus não combina com a postura de estagnação, de autopreservação, mas de transformação, de constante revisão de nós mesmos à luz do Evangelho e não um enrijecimento à luz da tradição religiosa. Uma leitura de Romanos 12 nos mostra claramente isso, mais uma vez. Portanto, se você crê no amor de Deus, purifique a si mesmo. Seja cada dia uma nova pessoa, mais capaz e esclarecida, para viver como filho de Deus.

ucs

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