Doença, causada por um fungo, afeta rendimento das lavouras de cacau. Projeto atende 25 agricultores do sul da Bahia.
O agricultor Manoel Góes quer esquecer a fase ruim que afetou o cultivo de cacau na fazenda em Ilhéus, no sul da Bahia. Como não obtinha bons resultados com o modo como trabalha nos 60 hectares da lavoura, o produtor chegou a pensar em desistir da cultura.
O produtor mudou a maneira de conduzir a lavoura depois que recebeu orientações de dois técnicos agrícolas e de um engenheiro agrônomo. A equipe faz parte do Projeto Phoenix e a iniciativa é da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau, que quer mudar o conceito de produção na região que ainda se recupera da crise provocada pela vassoura de bruxa.
A produção na fazenda do agricultor Manoel Góes, que era de 12 arrobas por hectare, triplicou com as práticas de correção que estão sendo utilizadas há quase dois anos. A área, que tinha 420 pés de cacau por hectare, está com mil plantas cultivadas de forma adensada, ou seja, com espaçamento bem menor do que o habitual. Foram feitos enxertos com materiais genéticos resistentes à vassoura de bruxa e o sombreamento, que era excessivo, passou por correções. Os insumos ficam por conta do projeto e a mão de obra é de responsabilidade do produtor.
O manejo correto melhorou a qualidade das amêndoas, o que causou economia para as indústrias processadoras de cacau que atualmente importam o fruto para dar conta da demanda e fabricar o chocolate.
Fonte: Globo Rural