Teixeira de Freitas – APLB – Sindicato dos Trabalhadores em Educação do estado da Bahia se reuniu com a Administração Municipal de Teixeira de Freitas-BA, no final da tarde desta sexta-feira, 3 de novembro, na sala de reunião da prefeitura, para tentar resolver o impasse das perdas salariais.
Do lado de fora do prédio, houve uma concentração de professores na tentativa de pressionar a Administração. Cerca de 1.300 educadores paralisaram as atividades no dia 28 de outubro, dando início a uma greve por tempo indeterminado, deixando aproximadamente 25 mil alunos sem aula.
A categoria reivindica reposição de piso e perdas salariais de 2009 provocadas pela inflação, o que representa 7,86%.
Em uma reunião realizada na última sexta-feira, a prefeitura ofereceu reajuste de 5% do piso salarial, referente às perdas salariais, no entanto, ainda a ser feito em janeiro do próximo ano, o que não foi aceito pela categoria. Segundo a coordenadora da delegacia do Extremo Sul da APLB Sindicato, Prof.ª Francisca Brasília, a prefeitura voltou a apresentar a mesma proposta na reunião desta quarta-feira.
O secretário de Administração, Ednilton Pereira, o secretário de Finanças, Rodrigo, e o secretário de Educação, José Archangelo, participaram da reunião.
A diretora da APLB, Magali Abdias, informou que enquanto a prefeitura não atender a solicitação da categoria, as concentrações em frente ao centro administrativo continuarão.
A Prof.ª Francisca Brasília disse que até o momento a Administração não apresentou em números o porquê de não poderem conceder os 7,86%. Ela explica que a verba do Fundeb gira em torno de R$ 2,5 milhões e que a folha salarial dos professores é de R$ 1,4 milhões, atingido 45% do limite prudencial da folha de pagamento, que é de 51.5%.
Ainda de acordo com Brasília, com o reajuste de 7,86%, que representa, R$ 171 mil, o limite prudencial não chegaria nem a 50%.
“Eles alegam que tem que pagar férias e décimo terceiro salário, mas, isso é previsto nas verbas de final de ano. Não entendo por que a prefeitura não tem dinheiro para pagar os professores se não fazem nada pela educação,” argumentou Brasília.
Uma nova reunião será realizada na manhã desta quinta-feira para tentar uma negociação que atenda às necessidades da categoria.
Fonte: Sulbahianews