Em uma caminhada que saiu da praça dos Leões em direção a Prefeitura Municipal da cidade, os docentes da rede municipal de Teixeira de Freitas deflagram, oficialmente, nesta quinta-feira (21), a greve geral da educação.
Segundo Brasília Marques, presidente da APLB, “o sindicato está para garantir os direitos dos trabalhadores, nos tivemos uma reunião ontem, e será feita uma assembleia amanhã, para analisar a proposta apresentada e encaminhar os rumos do movimento”.
Brasília também falou a respeito da caminhada da Previdência, que acontecerá amanhã, sexta-feira (22), e terá o objetivo de refutar a ideia de perder a aposentadoria especial dos professores. “Esse projeto de lei, se passar tirando a aposentadoria especial dos professores, que tem uma profissão extremamente desgastante, tanto física quanto emocional, e não tirar dos militares ou judiciários, por exemplo, não iremos aceitar. Se os brasileiros têm que pagar pela Previdência, tem que ser todas as categorias”, opinou a presidente da APLB.
Ela comentou sobre o apelo feito pelo secretário de Educação, Hermon Freitas, para que a classe repensasse e não entrasse em greve, evitando prejuízos a mais de 24 mil alunos e suas famílias. “Nós também faremos um apelo, que ele nos pague os 3,41% da recomposição do piso, referente ao ano passado, para que os professores, que já tiveram perdas salariais, consigam pagar suas contas e viver dignamente”, disse Brasília.
Conforme o MEC, o piso salarial do magistério foi para R$ 2.557,74 para 40 horas e R$ 1.278,87 para 20h semanais e, segundo Hermon, a Prefeitura de Teixeira de Freitas paga acima do piso salarial: os professores efetivos, com carga horária de 40 horas, com dois concursos, recebem, em média, R$ 6.356,32, sendo a menor remuneração R$ 4.588,23 e a maior R$ 8.062,32.
A média paga a professores com 20 horas, com extensão de carga horária que soma 40 horas, é de R$ 5.238,37, sendo a menor remuneração R$ 3.432,63 e maior R$ 6.585,15. Educadores com 20 horas recebem, em média, R$ 3.326,53, sendo o menor valor de R$ 2.147,75 e o maior de R$ 3.942,46. Remunerações estas, que superam o novo piso salarial divulgado pelo MEC. O secretário de Educação, Hermon Freitas, declara: “Teria que ter esse reajuste caso os professores recebessem abaixo do piso. Juridicamente estamos em conformidade, pois o piso salarial está sendo cumprido na rede municipal de Teixeira de Freitas”, por isso, ele fez o apelo na terça-feira, para que os educadores não entrassem em greve, e, sim, se unisse para reivindicar junto ao Governo Federal a ampliação da verba do Fundeb, que, no município, não cobre nem a folha de pagamento.