As professoras Arolda Figuerêdo e Enelita Freitas foram empossadas na Academia Teixeirense de Letras (ATL) Membro Benemérito e Membro Efetivo, respectivamente. A primeira foi recepcionada pela acadêmica Cristhiane Ferreguett e a segunda, pela acadêmica Fabiana Pinto, que fizeram os discursos de boas-vindas.
As professoras e escritoras foram empossadas pelo presidente da ATL, Almir Zarfeg, durante evento solene final de 2019 que aconteceu na última quinta-feira (5), às 19h, no auditório da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas/BA.
Antes de fazer o juramento acadêmico, elas discursaram para os confrades, confreiras e público presente.
“Em primeiro lugar, agradeço e louvo a Deus pela oportunidade de viver e construir estas experiências inenarráveis, também por estar aqui neste momento. Em segundo lugar, quero dedicar esta oportunidade ao senhor Benedito Braz Figuerêdo e à senhora Maria Joana da Silva Figuerêdo, meus pais”, discursou Arolda Figuerêdo, estendendo a dedicatória às irmãs, irmãos, filhas e filhos, noras e genros, tias, cunhadas e cunhados, sobrinhas e sobrinhos.
Natural de Caravelas/BA, afroindígena, chefe do Departamento de Letras da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus X, a professora Arolda Figuerêdo se tornou parceira importante da ATL, desde o primeiro momento, quando assumiu a presidência da comissão julgadora – versão interna – do Prêmio Castro Alves de Literatura nas categorias Poema e Crônica. Em 2020, o concurso literário chega à 4ª edição aberto, inclusive, à participação nacional.
A recém-empossada Membro Benemérito também coordenou um Estudo da Produção Literária dos Membros da ATL e que foi apresentado, recentemente, na XXIII Jornada de Iniciação Científica que aconteceu em Salvador. A pesquisa tem a participação das alunas bolsistas Joana Estéfanes Calixto da Silva e Danila Irineu Santos, que foram homenageadas com o certificado de “Amigas da ATL” durante a sessão solene.
Enelita Freitas, por sua vez, foi empossada Membro Efetivo na Cadeira 37 da ATL, cujo patrono é o saudoso Dom Antônio Eliseu Zuqueto, que esteve à frente da diocese de Teixeira de Freitas e Caravelas entre os anos de 1983 e 2009.
“Sempre adiando o sim para fazer parte desta Academia, eis que me encontro hoje incluída entre seus membros, o que para mim significa estar inserida num ambiente em que as letras se constituem matéria-prima do fazer cotidiano daqueles que se dedicam ao ofício de escrever”, assim Enelita Freitas iniciou seu discurso de posse.
Mestra em literatura brasileira e professora aposentada do Campus X da UNEB, do qual foi diretora por dois mandatos, ela aproveitou a oportunidade para dar uma aula sobre o que é texto literário e não literário, atribuindo àquele a função de formar os leitores e a este a de informá-los.
Para a recém-empossada titular da Cadeira 37 – antes ocupada pelo defensor público Luiz Carlos de Assis Júnior, que, ao trocar Teixeira de Freitas por Salvador, se tornou Membro Honorário –, um poema pode até informar, mas sua função primeira é formar o leitor, de maneira ampla, subjetiva e estética. Um texto técnico, pela sua natureza, se basta na informação simples e direta do receptor.
Enelita Freitas ainda recitou, de memória, trechos do poema “O livro e a América”, do poeta e patrono-geral da ATL, Castro Alves.
“Mesmo sem fazer parte diretamente da ATL, as agora confreiras Arolda Figuerêdo e Enelita Freitas já eram referência boa para a instituição literocultural. Agora, terão a oportunidade de fazer muito mais, engrandecendo-a e brilhando juntamente com os demais acadêmicos. Sejam muito bem-vindas à ATL”, afirmou o poeta e jornalista Almir Zarfeg.