Professor Atos

O Fim do TúnelA morte do professor Atos, coordenador do curso de Administração da Faculdade Pitágoras pegou todo o mundo acadêmico de surpresa. 25 anos, grande profissional, excelente caráter, os motivos que levaram Atos a desistir da vida ele os levou consigo para o outro lado. Procurar entender é difícil demais, principalmente porque os ritos da morte são terríveis. Melhor ficar com Pessoa, lembrança de uma grande amiga:

“ Tenho dó das estrelas/Luzindo há tanto tempo,/Há tanto tempo…/ Tenho dó delas./ Não haverá, enfim,/ Para as coisas que são,/ Não a morte, mas sim/ Uma outra espécie de fim,/ Ou uma grande razão-/ Qualquer coisa assim/ Como um perdão?”

Apenas espera-se que ele nos perdoe por ter se obrigado a partir tão cedo.

SARAU LITERÁRIO

Esse escriba foi convidado pela professora Cida Martinuzzo a ser jurado do III Sarau Regional do TAL (Tempos de Artes Literárias). Alunos das escolas da DIREC 9 mandaram seus textos para julgamento de uma banca que reunia feras como Zarfeg, João Rodrigues e outros. Ao final, foram premiados 3 textos, dos 18 enviados ao concurso. Ganharam: 3º. Lugar, A Bahia dos meus encantos, de Taynara Cristina; 2º. Lugar Consequências, de Lucas Lopes da Rocha e em primeiro lugar Alfabeto Humano, de Ana Cristina Santos Ferreira. Muito talento entre a garotada e justiça para o primeiro lugar, muito original:

“Essas pessoas como letras

Formam uma obra linda

Como um livro envolvendo

Uma história que cativa

Escrita perfeitamente

Pelas mãos do autor da vida.”

Valeu.

CANDIDATURA ADMITIDA

Estava esse escriba posto em sossego, em conversa com o dileto amigo Magno Penna, quando chegou o senhor João Biquine. Sorridente e alegre, Biquine não guardou segredo: perguntado se era candidato a candidato a prefeito de Teixeira de Freitas, respondeu que sim.

Confirmado o que se dizia, pois.

A CORRUPÇÃO

Não dá para entender essa jogada da mídia de só falar em corrupção política, especialmente se o político é governista. A demonização dos políticos sempre foi a antevéspera do golpe, a sua preparação. Para que não haja a vampirização da democracia pelos golpistas de sempre, é preciso o combate total á corrupção. Afinal, onde há o corrupto há o corruptor, tão criminoso quanto. Há o empresário sonegador, há o contrabandista, há o médico que receita fórmulas proibidas, há o advogado que embolsa o dinheiro do cliente, há o juiz que vende sentenças, há o jornalista que se vende, e por aí vai. Há que se combater a corrupção e ela não se instala em nichos, ela é geral. Muito cuidado com discursos moralistas e feéricos que, na maioria das vezes, são apenas jogadas para a torcida.

Combate à corrupção sim, mas a toda corrupção.

PEEMEDEBIZAÇÃO

Uma das resoluções tiradas no 4º. Congresso do PT é de que o partido não vai aceitar ser peemedebeizado. Isso significa que serão reforçados os componentes ideológicos, diminuídos os arroubos fisiológicos de algumas alianças e valorizados os que apoiam o partido. Aceitar alianças entre agremiações que pensam na mesma linha é uma coisa. Alinhar-se ao demônio para ganhar eleições, foge a qualquer orientação de origem do Partido dos Trabalhadores.

Veremos se a resolução é pra valer.

LIÇÕES DE PEDRO ALEIXO

“Se a história vale alguma coisa, ela ensina que em política a oposição não deve ficar perguntando aos outros o que fazer. Cada qual que faça o que acha que deve fazer e deixe o resto por conta dos acontecimentos, que eles sempre vão em frente.”

“Quem bate demais também esfola a mão de tanto bater.”

RICARDO TEIXEIRA

Muita gente acreditando que a briga da Globo com Ricardo Teixeira é para valer. Ela só está valendo agora porque a Globo ficou raivosa com a retirada pela CBF dos jogos das 9 da noite. Só por isso fez uma matéria desfavorável a Teixeira. O homem da CBF avisa que vai dificultar a vida da Globo na questão da transmissão da Copa América se a Vênus Platinada continuar a soltar matérias contra ele. A briguinha é de ocasião e é só questão de ajeite.

Nisso a Globo e Teixeira são mestres.

MAIS UM POEMA DE CYNARA NOVAES

Árido

“Tudo era simples e frágil e eu sabia…

Tudo era doce e o sal não existia

Até que a noite entrou pela porta

quando ainda era hora do dia

Uma aridez sem fim, então, se apresentou

e sem pedir licença habitou em mim

A memória aos poucos se perdeu,

os olhos desconheceram a luz,

a palavra afastou-se da voz…

Vivo agora o inverno

como se outra estação não houvesse

Ouço chamados, mas, não tenho respostas.

Perante a escuridão e a ausência de afetos

cubro-me com retalhos do passado e durmo sobre mim.”

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