Produtores rurais do sul e extremo sul da Bahia se mobilizam e criam entidade para defende-los

Produtores rurais do sul e extremo sul da Bahia se mobilizam e criam entidade para defende-los

Reunidos na sede do Sindicato Rural de Eunápolis no último dia 11, os Presidentes de Sindicatos de Produtores Rurais do Sul e Extremo Sul da Bahia, representando milhares de produtores rurais, decidiram criar um movimento para defendê-los das arbitrariedades e abandono a que têm sido submetidos pelo poder público.

O Movimento visa, sobretudo, a legalidade e segurança para os produtores. Milhares deles já aderiram ao movimento que promete para os próximos dias uma mobilização nacional, com a finalidade de chamar a atenção das autoridades sobre a gravidade da situação na Bahia. O pedido de socorro já foi levado a todas as instâncias da polícia e da justiça, e nenhuma medida foi adotada.

Segundo os organizadores do encontro, o clima já é de revolta por parte dos produtores que se sentem obrigados a conviverem com homens armados dentro de suas propriedades, se não quiserem morrer. “Os bandidos são contratados nas periferias das cidades e levados para a zona rural. Chegam exibindo suas armas e coagindo os pais de famílias que são obrigados a abandonar suas propriedades, temendo que o pior aconteça”.

No mês de abril último, Auder Brito, teve sua propriedade invadida por 60 indígenas da Aldeia Boca da Mata. Eles chegaram à fazenda localizada nas proximidades de Montinho, portando todo tipo de arma, fazendo ameaças e mantendo em cárcere privado sua mãe, uma mulher de 70 anos, e a filha de 44, portadora de deficiência mental. Os indígenas bloquearam o acesso à propriedade com barricadas e ameaçam matar os moradores caso não haja desapropriação integral, inclusive com a retirada das duas mulheres.

“A intenção é ter uma entidade que represente todos os produtores dessa região e que lhes dê mais legitimidade e força para fazer valer a lei. Assim foi criado o MDP-R que tem como objetivo exigir que as Leis sejam aplicadas , que a paz no campo volte a ser estabelecida e que o produtor tenha a tranqüilidade para produzir, gerando empregos, renda e riquezas

para o pais”, afirma Pedro Vailant, Presidente do Sindicato dos Produtores de Eunápolis.

Já o produtor rural, Lindomar Lembranci, destaca que o movimento nasceu diante da situação de desamparo sofrido pelos produtores, do completo abandonado, na questão de segurança pública. Outro objetivo da união do seguimento é a conscientização da sociedade sobre a causa indígena que extrapola os objetivos pelo qual foi criada e é conduzida por pessoas que estão aproveitando da situação, politica e financeiramente, de forma criminosa.

Outra dificuldade apontada por Lembranci é que o Poder Judiciário expede o mandado de reintegração de posse e em sentido contrário o executivo impede a execução, mesmo contrariando a Constituição.

 

 

 

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