Primeira feira do eucalipto da Bahia detalha a silvicultura

Primeira feira do eucalipto da Bahia detalha a silvicultura
Foto: Ascom do Sebrae
Começa nesta sexta-feira (2) e vai até o dia 5 a primeira feira voltada para o eucalipto realizada na Bahia. A Expolyptus 2010 será realizada no estacionamento da Faculdade Pitágoras, em Teixeira de Freitas – no mesmo local onde foi realizada a Feban. O público estimado é de cerca de 30 mil pessoas. Além do Sebrae e Faculdade Pitágoras, a Expolyptus 2010 conta com a parceria de CDL, Sincomércio e Associação Comercial de Teixeira de Freitas. A realização é da empresa Cris Eventos.

De acordo com o coordenador do Sebrae no extremo sul, Jorge Cunha, a meta da feira é expandir o conhecimento entre os mercados, apresentar novas tecnologias, além de proporcionar contatos entre as grandes empresas beneficiadoras de eucalipto com novos fornecedores e clientes, estimulando o desenvolvimento da região.

“A realização da feira parte da necessidade de se conhecer melhor o eucalipto, que ao longo dos anos vem contribuindo de forma significativa com o desenvolvimento regional. O evento é uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a silvicultura”, explicou. O coordenador adiantou que muita gente acredita que com o eucalipto só se faz celulose, mas na realidade muitos produtos derivam dessa planta, como mel e móveis. Por isso mesmo, esses segmentos estarão representados no espaço da feira, que terá previsão de 110 estandes.

Não poderiam faltar entre os expositores as três grandes empresas que atuam no segmento na região: Suzano, Fibria e Veracel. Também estarão representados fornecedores de máquinas e equipamentos. A feira também vai contar com palestras, seminários, shows e praça de alimentação. Segundo Jorge Cunha, haverá brinquedos educativos para as crianças feitos com eucalipto. “Queremos fazer um evento não só para especialistas e para quem é ligado à área, mas também para toda a comunidade, inclusive famílias”, destacou.

Também estarão representadas empresas ligadas à Associação dos Produtores de Florestas Plantadas do Estado da Bahia (Abaf). De acordo com o presidente da instituição, Leonardo Genofre, a Bahia possui condições propícias ao desenvolvimento do setor de florestas plantadas, devido às condições climáticas locais e pela disponibilidade de área para o plantio. Ele destacou ainda a importância da criação da Câmara Setorial Florestal pelo Governo do Estado.

O agricultor Solano Ribeiro é dono de uma propriedade rural perto de Eunápolis e pensa em cultivar eucalipto. Por isso, ele vai visitar a feira para ter uma noção do que é o negócio e conferir as novidades do setor. Ele pretende entrar no novo setor, mas se preocupa em promover a preservação das espécies nativas. “Fiquei sabendo que isso é possível, e que algumas fazendas chegam a adotar um percentual de plantio de cerca de 50% de florestas nativas para o total de florestas de eucalipto plantadas”, avaliou.

Vale destacar que as florestas plantadas assumiram em todo o mundo grande relevância ao serem utilizadas como fonte de matéria-prima florestal, reduzindo a pressão sobre as florestas nativas e, consequentemente, estimulando a sua preservação.

Desenvolvimento do setor florestal

De acordo com a Abaf, o setor florestal na Bahia vem crescendo consideravelmente. Em 2009, o estado foi responsável pelo maior aumento percentual em área plantada de eucalipto. Segundo dados da associação, a Bahia possui cerca de 14% da área de florestas de eucalipto e pinus plantadas no país, o que significa cerca de 630 mil hectares, sendo o terceiro estado no ranking nacional, atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo.

Seguindo o conceito de “Floresta Plantada Madeira Legal”, empresas do setor investem em certificações internacionais e desenvolvimento sócio-econômico local para garantir um produto sustentável a longo prazo. As florestas plantadas seguem as rígidas normas internacionais de certificação. O setor florestal hoje responde na Bahia por cerca de 30 mil vagas.

O cultivo e beneficiamento do eucalipto é a grande mola propulsora do extremo sul baiano atualmente. De crescimento rápido e retorno garantido, o eucalipto é uma alternativa de trabalho e renda para pequenos agricultores. Das flores é possível extrair um mel de excelente qualidade. A madeira atende à demanda de empresas e fábricas de móveis, estofados e esquadrias, que também são um grande forte na região.

Uma amostra dos impactos positivos do setor é a evolução dos municípios de Itabela, Eunápolis e Teixeira de Freitas, que apresentaram crescimento importante no índice Firjan para o componente Emprego e Renda, Educação e Saúde superior aos registrados na capital do estado, entre o período de 2000 a 2006.

Fonte: Débora Vicentini/Ascom do Sebrae

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