“Todo ponto de visão é um ápice de uma pirâmide invertida, cuja base é indeterminável”
Em vinte e dois de setembro começa a primavera. Na minha varanda as orquídeas desabrocham e ficam mais belas, mostrando que a vida é maravilhosa, e que a realidade é um caminho para a beleza. Mas para os habitantes de Salvador um em cada cinco não tem emprego, alavancar o fluxo da dopamina por uma vaga, por mais dinheiro ou comida na mesa. A inflação quase em dois dígitos. O que eu não mencionei neste início de primavera é a incômoda percepção de ver a pandemia sendo controlada, mas a economia em risco, isto é um espelho do comportamento compulsivo dos nossos governantes.
Um halo difuso existe no ar, incertezas fortes na economia, e na sucessão presidencial. A vida nunca parecera tão frágil ou tão cheia de ameaças. O pânico arranha o brasileiro com garras febris no fundo de sua mente com tantas incertezas. Lula, Bolsonaro, Ciro e tantos outros, ministros do supremo, deputados e a vida segue por caminhos tortuosos. Mas quem está com uma prancha de surfe no teto de algum veículo só pensa em desfrutar do sol da primavera. Reconhecido ao sol do seu brilho. Não ser mais, não ter mais, não querer mais.
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