Presos por corrupção, ex-prefeitos e políticos são soltos em menos de 24h

Eles são suspeitos de desvio de verba estimado em mais de R$ 60 milhões.

Operação da PF aconteceu em 10 cidades localizadas no sudoeste baiano.

 

Presos por corrupção, ex-prefeitos e políticos são soltos em menos de 24h

Quatro ex-prefeitos presos durante uma operação da Polícia Federal (PF) em dez municípios do sudoeste da Bahia foram soltos em menos 24h após os cumprimento das detenções. Os ex-prefeitos, que são investigados por crimes de corrupção, foram libertados na noite de terça-feira (18), por volta das 21h30.

Além dos ex-prefeitos, outros noves pessoas presas na operação, dentre políticos e empresários, também foram soltas. Segundo o advogado de defesa do presos, a Justiça considerou que já havia provas suficientes sobre o caso e que, por isso, não seria necessário que os suspeitos passassem a noite detidos. A determinação inicial da Justiça era a de que eles ficassem presos por 48 horas.

Ao todo, a PF prendeu 13 pessoas, sendo que oitos homens apresentados foram encaminhados para o presídio regional Nilton Gonçalves, em Vitória da Conquista, e soltos às 21h30 de terça. Cinco mulheres detidas foram ouvidas da sede da PF e liberadas após os depoimentos.

Foram presos durante a operação Granfaloon o ex-prefeitos dos municípios de Tremedal, José Bahia (PSB); de Anagé, Elbson Soares (PTB); de Bom Jesus da Serra, Edinaldo Meira Silva (PMDB); e de Caraíbas, Norma Sueli Coelho (PSD).

Além disso, também foram detidos o ex vice-prefeito de Belo Campo, José Henrique Tigre (PDT); e o presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em Vitória da Conquista; José Henrique Tigre. Os nomes dos demais presos não foram divulgados.

Todos os suspeitos são investigados por crimes de corrupção cometidos nos municípios de Belo Campo, Bom Jesus da Serra, Dário Meira, Encruzilhada, Paramirim, Poções, Planalto, Ribeirão do Largo e Tremedal, além de Vitória da Conquista.

O prejuízo estimado é de R$ 60.879.949 e os crimes sob apuração ocorreram entre os anos de 2008 e 2012.

Investigação

Trinta e seis mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Foram apreendidos documentos, cheques, computadores de empresas suspeitas de envolvimento em fraudes de licitação e oito carros.

“Temos absurdos de empresas que receberam, por exemplo, milhões para fazer coleta de lixo e esse lixo era recolhido em carro de polícia. Empresas que receberam R$ 50 mil para fazer transporte escolar em mês de janeiro, que não teve um dia letivo”, conta o delegado federal Rodrigo Kolbe. Eles podem ser indiciados por fraude em licitações, desvio de verba pública e formação de quadrilha.

 

 

Fonte: G1, com informações da TV Sudoeste

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